Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
19°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo É real a possibilidade de uma ação militar da China para anexar o território de Taiwan

Compartilhe esta notícia:

As eleições presidenciais em Taiwan consagraram a permanência no poder do Partido Democrático Progressista. (Foto: Freepik)

As eleições presidenciais em Taiwan, no último dia 13, consagraram a permanência no poder do Partido Democrático Progressista (PDP), favorável à independência formal da ilha da China continental. A vitória nas urnas da candidatura de Lai Ching-te foi obviamente uma derrota de Pequim. Como se esperava, tal fracasso foi respondido com ameaças adicionais do regime de Xi Jinping de anexação à força dessa “província rebelde” – na verdade, território autônomo desde 1949 e democracia liberal há quatro décadas. Como o espaço para acomodação entre Taiwan e China se reduziu consideravelmente, é real a possibilidade de que os chineses partam para uma ação militar. Disso depende a preservação de uma frágil paz não só no Oriente, mas entre China e Estados Unidos – de quem Taiwan depende para se defender.

O médico e político Lai recebeu das urnas 40% dos votos válidos, sobretudo de gerações que autenticamente se reconhecem como taiwanesas – não como chinesas – e que rejeitam a subordinação do país ao Partido Comunista Chinês. Não faz parte dos planos dessa parcela da população ver Taiwan sob o risco de se converter em uma nova Hong Kong. Reincorporada à China sob o compromisso de preservação de sua autonomia, Hong Kong teve a promessa rasgada em seguida por Pequim. A votação do último sábado em favor da independência, sublinhe-se, deu-se sob a coação das forças navais chinesas, que executaram manobras no estreito que separa a China continental de sua alegada província.

Igualmente é preciso destacar que os dois principais partidos de oposição, ambos permeáveis às propostas e às ameaças do regime de Xi, angariaram 60% dos votos, no total, capturando a maioria no Congresso de Taiwan. Expôs, portanto, limites reais à agenda independentista no futuro governo de Lai. Sobretudo, indica que dificilmente partirá de Taiwan qualquer atitude que possa ser lida por Pequim como pretexto para uma invasão. O problema é que a China, assim como demonstrou a Rússia ao invadir a Ucrânia em 2022, não precisa de motivação incontestável para desencadear uma guerra que, há décadas, preferiu pragmaticamente evitar.

O governo americano, por sua vez, move-se entre dissuasão e advertência para evitar que Xi Jinping cumpra sua promessa de, “em breve”, anexar Taiwan à China. Há sete décadas, os EUA cuidam da proteção militar da ilha, mas, por outro lado, não expressam apoio à independência de Taiwan. Qualquer gesto de Washington, no entanto, é lido por Pequim como interferência naquilo que considera ser “assunto interno”.

A incerteza sobre como Xi Jinping e o presidente americano, Joe Biden, evitarão que o mundo seja exposto a uma guerra com efeitos incalculáveis é motivo de preocupação permanente. Outras incertezas, como o resultado da eleição presidencial americana, em novembro, tornam efêmera qualquer previsão sobre esse risco em futuro próximo. O certo é que, enquanto não interessar à China nem aos EUA mover a primeira peça desse xadrez, uma frágil paz será o máximo que o mundo poderá desfrutar.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

O governo chinês tem estimulado os casais a terem filhos, na tentativa de conter a redução de uma população que já vem caindo há sete anos
Estados Unidos e Israel, uma amizade abalada
https://www.osul.com.br/e-real-a-possibilidade-de-que-os-chineses-partam-para-uma-acao-militar-para-anexar-taiwan-como-territorio-chines/ É real a possibilidade de uma ação militar da China para anexar o território de Taiwan 2024-01-20
Deixe seu comentário
Pode te interessar