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Futebol “É uma dor que não acaba”, diz funcionária da CBF que denunciou o presidente afastado da entidade por assédio

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Caboclo nega que tenha cometido assédio e reafirma ser vítima de uma armação política. (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

No dia 4 de junho de 2021, uma funcionária da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) denunciou o então presidente da entidade, Rogério Caboclo, por assédio sexual e moral. A acusação detonou uma das maiores crises da história da entidade. O dirigente foi afastado do cargo dois dias depois e, desde então, passou a enfrentar novas acusações.

Mais de três meses após a denúncia, a funcionária quebra o silêncio, revela a luta contra a depressão e detalha as motivações da decisão que tomou.

“É uma situação pela qual nenhuma mulher deveria passar em nenhum momento da vida. É uma dor que não acaba. É uma dor que hora nenhuma sai de mim. Hora nenhuma eu esqueço que ela existe. Está sempre presente, latente, em todos os momentos do meu dia”, afirmou a mulher.

A funcionária, que voltou a trabalhar na CBF no dia 1º de setembro, afirma ter sido ameaçada por Rogério Caboclo e conta os detalhes da oferta de um acordo que recebeu – e recusou – para não fazer a denúncia. Na proposta, segundo o que relatou, ela teria que mentir a jornalistas sobre o caso, dizendo que nunca foi assediada pelo dirigente.

“A minha dignidade não tem preço. Porque eu fiquei pensando nas mulheres que viriam depois de mim. Era inaceitável proteger um assediador”, continua.

Procurado, Rogério Caboclo negou que tenha cometido assédio e reafirmou, como fez ao longo de todo esse caso, ser vítima de uma armação política.

No total, são três mulheres que afirmam ter sido assediadas por Rogério Caboclo. O segundo caso, revelado em 9 de agosto, foi o da ex-funcionária que relatou assédio no voo para Madri, em depoimento ao Ministério Público. O terceiro caso foi publicado em 20 de agosto e incluiu também acusações de agressão.

Rogério Caboclo está afastado desde junho pela Comissão de Ética da Confederação Brasileira de Futebol. Depois do afastamento provisório, o órgão suspendeu Caboclo por 15 meses. Pela decisão, que precisa ser ratificada pela Assembleia Geral da confederação (composta pelos 27 presidentes de federações estaduais), o dirigente poderia voltar à entidade em setembro de 2022, antes do fim do seu mandato, que se dá em abril de 2023.

Em 3 de setembro, Caboclo fez um acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro para não ser denunciado por assédio sexual e moral. Ele pagou R$ 100 mil. O dinheiro será doado a uma entidade que atua no combate à violência contra a mulher e outra que cuida de animais abandonados.

No último dia 6, Caboclo foi afastado da CBF por um ano pela Justiça do Trabalho (até setembro de 2022).

Desde o dia 25 de agosto, a Confederação Brasileira de Futebol é comandada por Ednaldo Rodrigues, ex-presidentes da Federação Baiana de Futebol.

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