Terça-feira, 07 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de março de 2016
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que não pode ser afastado do cargo, mesmo tornando-se réu no STF (Supremo Tribunal Federal). Ele disse que como em uma preliminar lhe foi negado o direito de não responder ao processo por estar na linha sucessória da presidência da República, não caberia um afastamento levando em conta este argumento.
Cunha voltou a declarar que permanecerá no cargo mesmo o STF recebendo a denúncia contra ele por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por ter se beneficiado de recursos desviados na Petrobras. “Eu não tenho nada com que me preocupar. Tornar réu não é sentença de ninguém. Tanto é que eu já fui réu em 2013 e fui absolvido por unanimidade em 2014. Querer me condenar por ter me tornado réu seria não me dar o direito de um julgamento correto”, disse.
O parlamentar salientou que possui “farto material probatório” para derrubar as acusações que pesam sobre ele. Citou a acusação de que estaria por trás de requerimentos para pressionar o lobista Julio Camargo. Cunha apontou que tem registros de várias vezes em que aparecia logado no sistema da Câmara enquanto sequer estava em Brasília. Ressaltou, ainda, o fato de o ministro do STF Teori Zavascki ter afastado no início do voto a acusação de que teria atuado na celebração do contrato de navios-sonda, que aconteceu em 2006. (AG)