Domingo, 12 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de maio de 2017
O empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, afirmou em depoimento de delação premiada que pagou 5 milhões de reais em propina ao deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) depois que ele foi preso.
Ele afirmou ainda que, além da propina a Cunha, pagava mesada de 400 mil reais ao doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador fincanceiro do deputado cassado.
Indagado pela MPF (Ministério Público Federal) se também pagava algum valor a Cunha, Joesley Batista respondeu: “Pro Lúcio, é uma mensalidade. Pro Eduardo, foi um montante. Depois que ele foi preso, a gente pagou cinco milhões de um saldo de dívidas que tinha, que ele tinha crédito, supostos créditos ilícitos lá de propina, que tinha ficado num saldo anterior”.
No depoimento, o delator afirmou que um dos objetivos da conversa que teve com o presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu, era avisá-lo que pagou o valor a Cunha e que mantinha o pagamento da mesada a Funaro.
Joesley Batista entregou o áudio da conversa, mantida em março com Temer, à PGR (Procuradoria-Geral da República) como parte de seu acordo de delação.
Em depoimento aos procuradores, gravado em vídeo e tornado público nesta sexta-feira (19) pelo STF (Supremo Tribunal Federal), Batista explicou em que contexto se deu a gravação e a que ele e Temer se referiam na conversa.