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Brasil Efetivo das Forças Armadas do Brasil cai pela metade nas Fronteiras

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Ministério justificou redução do efetivo citando “a situação econômica do País”. (Foto: Sargento Batista/Agência Força Aérea)

A Operação Ágata chegou a ser considerada número um no “currículo” do presidente, mas perdeu força. “Essa operação [Ágata] nas fronteiras, eu vou colocar em primeiro lugar no meu currículo. A integração das forças federais permitiu uma operação bem-sucedida. Vocês me deram a oportunidade de realizar um trabalho extraordinário”, afirmou Michel Temer como vice-presidente, em discurso realizado em Foz do Iguaçu (PR) no dia 27 de maio de 2013.

CONTRADITÓRIO

Em 2016, 24.228 militares participaram das ações da Operação Ágata para combater o tráfico de drogas e armas, o contrabando, o garimpo ilegal e outros crimes. No primeiro semestre de 2017, no entanto, o efetivo total empregado caiu 52,1%, para 11.593. Os dados foram obtidos pela Lupa via Lei de Acesso à Informação.

Temer assumiu a Presidência em 31 de agosto de 2016 e, três meses depois, assinou o decreto 8.903, criando um novo padrão de atuação das Forças Armadas nas fronteiras. Deixava de lado a Ágata. Na época, o ministro da Defesa, Raul Jungmamn, anunciou mudanças profundas na proteção do Brasil: “Teremos uma ampla reformulação da Operação Ágata. Ela não obedecerá o modelo até então em prática”.

Em nota, o Ministério da Defesa justificou a redução do efetivo das Forças Armadas nas fronteiras citando “a situação econômica do País”. Também destacou que haverá uma “mudança de estratégia”.

MENOS DE 1 MILITAR POR QUILÔMETRO

O Brasil tem quase 17 mil quilômetros de fronteira. Faz divisa com dez países da América do Sul. Em 2013 e 2014, havia uma média de 2 militares a cada quilômetro de fronteira. Em 2015 e 2016, o número caiu para 1,4. Em 2017, há menos de um militar por quilômetro de fronteira.

EM SEIS ANOS, 126 DIAS

Entre 2011 e 2016, Exército, Marinha e Aeronáutica fizeram 11 operações dentro da Ágata. Juntas, elas somam apenas 126 dias. O esforço nunca foi permanente. A ação mais longa da Ágata permaneceu ativa por apenas 18 dias: de 18 de maio de 2013 a 5 de junho de 2013.

457 E 83,3

Este é o total de armas apreendidas ao longo de toda a história da Operação Ágata. Trata-se de uma média de três por dia. Nos 126 dias de ação, 83,3 toneladas de drogas foram apreendidas – uma média de 661 quilos por dia. Em 2017, não há registros de apreensão de armas ou drogas.

FALTA DE RECURSOS FINANCEIROS NO RIO

Depois de três operações este ano com resultados pouco expressivos, o apoio das Forças Armadas à segurança do Rio de Janeiro vive um impasse. Fontes em Brasília afirmam que o governo federal só quer voltar a usar as tropas depois que a Secretaria de Segurança Pública do Rio apresentar um plano estratégico para coordenar a atuação das polícias civil e militar. A avaliação é que falta de articulação entre as policias tem sido um dos motivos para o resultado abaixo do esperado das operações contra o crime organizado.

A secretaria de Segurança nega a ausência de um plano para atuação da polícia. E diz que a parceria com as Forças Armadas continua. A última operação conjunta, no entanto, ocorreu há quase um mês, em 21 de agosto. Até agora, foram três ações com as Forças Armadas. Em nenhuma delas foram capturados chefes do tráfico ou apreendidos fuzis. Em nota enviada no dia 15, o Comando Militar do Leste, responsável pela região que engloba o Rio, declarou que “aguarda provimento de recursos orçamentários para desencadear novas operações”. No dia seguinte, no entanto, em outra nota, informa que “os recursos estão sendo descentralizados” e que “à medida que novas ações ocorrerem, outros recursos serão descentralizados”.

 

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https://www.osul.com.br/efetivo-das-forcas-armadas-do-brasil-cai-pela-metade-nas-fronteiras/ Efetivo das Forças Armadas do Brasil cai pela metade nas Fronteiras 2017-09-21
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