Brasil Eike Batista faz oferenda de 700 mil reais a Iemanjá e vidente diz que “ele vai voltar ao topo”
Por Redação O Sul | 1 de março de 2016
No último dia 2 de fevereiro, Dia de Iemanjá, Eike Batista despachou no mar de Ipanema, no Rio, uma oferenda que, se achada, poderia valer um tesouro. Aproximadamente 700 mil reais foram gastos com a homenagem à rainha do mar. Eike foi aconselhado por dois videntes a “fazer as pazes com Iemanjá”. “Falei com ele que tudo o que havia tirado do mar teria que ser devolvido e agradecido. Tudo que ele explorou nos últimos anos estava ligado ao oceano”, relatou um destes videntes, que prefere se manter no anonimato.
Despacho de luxo.
Eike chegou à Urca, na Zona Sul do Rio, em uma lancha grande, e encontrou um babalorixá à sua espera com a oferenda pronta. No barco foram colocadas flores, perfumes importados, garrafas de champanhe, imagem da entidade e 700 moedas de ouro. As moedas não têm um valor exato. Mas para se ter uma ideia, uma destas moedas comemorativas da Copa do Mundo de 2014 pode ser encontrada no mercado por 1 mil reais.
O despacho aconteceu em uma cerimônia muito íntima no mar de Ipanema, do qual só participaram Eike, a tripulação e o pai de santo. “Ele vai voltar a ser o homem mais rico do Brasil em questão de meses”, profetiza. Em junho de 2015, na primeira entrevista que deu após meses sem fazer declarações públicas, o empresário disse que sua dívida de 1 bilhão de reais, cerca de 4 bilhões de dólares, estava zerada e que ele iria recomeçar. O empresário, que já foi o sétimo executivo mais rico do mundo segundo a revista Forbes, em 2011, no entanto, continua pedindo aos céus uma ajudinha extra, com um “X” bem grande.
Esta não é a primeira vez que Eike recorre ao oculto, supersticioso, o empresário chegou a ir para Cusco, no Peru, após os conselhos de uma vidente carioca que o mandou alinhar os chacras e a fazer uma readaptação cósmica. Ele ficou deitado por pelo menos 5 minutos no alto de uma colina, meditando sobre seu futuro. Depois disso, por indicação de um guia, encontrou uma mulher que fazia previsões com folhas de coca. Na mesma viagem, nos anos 1990, deu de cara com um Sol inca, em uma barraquinha de souvenir, e teve a ideia de colocar aquele símbolo como logomarca de suas empresas.
Conselhos de um mago.
O mago Ubirajara Pinheiro é um velho conhecido de Eike. Ele é responsável pela Casa do Mago, situada no Humaitá, no Rio, frequentada por políticos e celebridades. É neste templo que Eike costuma ir há anos em busca de alento espitirual. “Falo o que tenho para falar na lata, como falo para qualquer pessoa que busca esta casa. E avisei a ele de tudo o que aconteceria”, diz Pinheiro.
Ele destacou que aprova a oferenda do empresário a Iemanjá. “O aconselhei assim como aconselho a todos. Eike sabe que é filho de Iemanjá com Oxóssi, Nossa Senhora e São Sebastião.” Sobre o alto valor da homenagem ao orixá, Pinheiro não apoiou inteiramente o empresário: “Quantidade não é questão de fé. A fé é maior sempre. Você pode me dar potes de ouro e uma broa de milho, que adoro, e eu preferir a broa…” Ele ainda comentou sobre o “endividamento” espiritual de Eike. “Você não retira o minério da terra sem agradecer, sem devolver a ela benfeitorias. Nem sempre estamos preparados para os castigos de Deus, e só vamos perceber o que fizemos depois.”
Volta ao topo.
Nas previsões de Pinheiro, em pouco tempo a prosperidade vai novamente inundar a vida de Eike. “Apesar de não ser um religioso, ele conta com luz de Luma [de Oliveira, ex-mulher do empresário]. É na força dela que ele consegue a dele”, aponta. E ele ainda vai voltar ao topo, garante o místico. “É questão de meses”, frisa. (AG)
