Terça-feira, 13 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 22 de julho de 2015
O escritório de advocacia Rosen Law Firm anunciou nesta quarta-feira (22) que entrou com uma ação contra a estatal brasileira Eletrobras em nome dos investidores que compraram ações da empresa no mercado norte-americano entre 10 de fevereiro de 2014 e 29 de abril de 2015.
Segundo a Reuters, os advogados alegam que não é possível certificar que a empresa prestou informações adequadas aos investidores e que ficou evidente a falta de controles internos e financeiros na estatal, o que sujeita os acionistas a perdas e possibilita pedidos de reparação dentro das leis do mercado acionário norte-americano.
Petrobras também é alvo de ação nos EUA
Outra empresa brasileira que sofre ação judicial movida por investidores dos Estados Unidos é a Petrobras. A firma norte-americana de advocacia Wolf Popper LLP entrou com uma ação coletiva contra a estatal em um tribunal no distrito de Nova York, em nome de todos os investidores que compraram ações da empresa entre maio de 2010 e novembro de 2014.
A acusação é de violação das normas da Securities and Exchange Commission – o órgão que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos e que, no Brasil, seria correspondente à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A Petrobras tem ações negociadas nos mercados de Nova York, o que justifica o interesse dos EUA nas denúncias.
Segundo a acusação, a Petrobras divulgou aos investidores informações enganosas, “desvirtuando fatos e não informando a cultura de corrupção na companhia que consistiu em um esquema multibilionário de suborno e lavagem de dinheiro” que acontece na empresa desde 2006.
A Petrobras também é acusada de ter superfaturado o valor de suas propriedades e equipamentos em seu balanço oficial. Ainda de acordo com a acusação, “quantias superfaturadas pagas em contratos foram contabilizadas como ativos no balanço. Essas quantias foram superfaturados porque a estatal brasileira inflou o valor de seus contratos de construção”. (AG)