Domingo, 28 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de junho de 2016
Durante entrevista concedida ao jornalista Roberto D’Ávila, o presidente interino Michel Temer justificou ter restringido as viagens de Dilma Rousseff com aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) porque a petista usaria o benefício “para fazer campanha denunciando o golpe”.
A afirmação foi considerada por muitos como um ato falho que teria deixado escapar algo negado por ele: que o processo de impeachment se trata de um golpe institucional contra a petista.
Temer também frisou que, por falta de tempo, algumas questões mais polêmicas, como a reforma da Previdência e eventuais aumentos de impostos, só devem ser retomadas após a segunda votação no Senado (provavelmente em agosto), quando a Casa decide se Dilma deve ou não voltar ao exercício de suas funções.
Conceito
Expressão oriunda da psicanálise, o “ato falho” pode ser entendido como uma espécie de lapso na fala, na escrita, na memória ou no gesto de um indivíduo, expressando o desejo ou intenção inconsciente, com ou sem a sua concordância.
Um exemplo clássico de ato falho é o da pessoa que, ao conversar com outra com quem está se relacionando no campo afetivo, acaba chamando-a pelo nome de uma terceira, pela qual está, de fato, apaixonada.