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Brasil Em busca de apoio no Congresso, o governo Bolsonaro terá um “balcão” para deputados e senadores

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Presidente se elegeu com a promessa de ignorar interesses partidários. (Foto: Agência Brasil)

Com dificuldades para montar uma base parlamentar capaz de aprovar matérias de interesse do governo no Congresso, a equipe de articulação política do Palácio do Planalto já dá sinais de que está disposta a renunciar a uma das grandes bandeiras de campanha de Jair Bolsonaro para conseguir apoio no Legislativo como presidente da República.

Eleito com uma proposta de ignorar interesses dos partidos para discutir pautas do governo federal a partir do convencimento e das ideias, Bolsonaro deve restabelecer a tradicional prática de renegociação de cargos e verbas com líderes partidários.

Pela nova estratégia, a Casa Civil (comandada por Onyx Lorenzoni) e a Secretaria de Governo (general Santos Cruz) farão o controle da liberação de verbas aos parlamentares. A pasta de Onyx também voltará a ter o perfil dos governos do PT no que se refere a funcionar como um “balcão de atendimento” a demandas dos partidos, por meio de seus respctivos líderes.

Conforme o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), a guinada na articulação deve reposicionar a Casa Civil na discussão de projetos do governo. Ele disse que a pasta centralizará a tramitação de propostas nas comissões do Congresso, como era feito por petistas e emedebistas.

E revelou ter apresentado a Onyx uma proposta para que Bolsonaro faça reuniões semanais ou quinzenais com os líderes dos partidos do Congresso no Palácio do Planalto, a exemplo do que era feito por Lula e Michel Temer:

“A gente observou, nas primeiras três semanas, que os assessores parlamentares dos diversos ministérios estavam com iniciativas próprias de sugerir inclusão ou retirada de projetos da pauta nas comissões. Isso terminava retirando a possibilidade de coordenação, por parte da liderança do governo, de quais assuntos devem ou não ser priorizados”.

Na avaliação do líder do Palácio do Planalto no Senado, com duas grandes pautas apresentadas ao Parlamento (a reforma da Previdência e o pacote da segurança de Sérgio Moro) o governo precisa urgentemente “conversar, se aproximar, ter a confiança” dos parlamentares para formar a base.

A proposta do retorno das reuniões periódicas com os líderes está em análise no Planalto. Mas, em um indício de que adotará a estratégia, Bolsonaro, que chegou a dizer que não iria conversar com “lideranças partidárias”, já deve se reunir com elas na semana que vem.

Bancadas temáticas

Assim como fez com a montagem do primeiro escalão, Bolsonaro pretendia formar sua base parlamentar a partir da interlocução com as chamadas bancadas temáticas – reunidas a partir de assuntos específicos – e conversas individuais com parlamentares.

A estratégia agora mudou, como explica o deputado Efraim Filho (DEM-PB), que esteve com Onyx, nesta quinta-feira, no Planalto: “Eu disse que, para fazer base, é preciso integrar o Parlamento ao governo. Em um governo em coalizão. Ele disse que vai trilhar neste sentido. O ministro percebeu que dialogar com as frentes não foi possível”.

Na quarta-feira, o Planalto prometeu liberar verbas e nomeações, mas disse que adotará critérios para aceitar indicados de políticos. O movimento do governo ocorre para debelar focos de rebelião entre os parlamentares por demissões de apadrinhados. Órgãos como a SPU (Secretaria de Patrimônio Público da União), Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e Companhia das Docas foram alvo de uma limpa nas últimas semanas.

Um dos insatisfeitos é o PR, que tinha indicações no Dnit e em Docas. O partido havia sido o primeiro a aderir à base aliada de Bolsonaro. Agora, adota uma nova postura, e faz questão de dizer que ainda não está fechado com o governo. Com indicações em Docas, no Rio de Janeiro, a primeira secretária da Câmara dos Deputados, Soraya Santos (PR-RJ), não foi avisada de que seus apadrinhados seriam demitidos.

A Docas do Rio era um feudo do PR, com nomeações de pessoas sem experiência na área de portos. Em 2017, por exemplo, Albert dos Santos, sobrinho do marido de Soraya, foi nomeado superintendente do gabinete do presidente das Docas do Rio, mesmo depois de ter sido exonerado do cargo de diretor, já que sua permanência na função feria a Lei das Estatais.

No fim de janeiro, matérias na imprensa mostraram que o PR de Valdemar ainda mantinha influência nas superintendências do Dnit. Chefe da repartição no Amapá, Fábio Vilarinho foi exonerado. Durante a campanha, ele declarou apoio ao deputado federal Vinícius Gurgel e à deputada estadual Luciana Gurgel, ambos da sigla.

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