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Brasil Em carta ao ministro do Supremo Edson Fachin, o empresário Joesley Batista defende delação e diz ter vergonha de áudio

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Na carta, Joesley diz que a gravação captou uma infeliz conversa "de dois amigos em ambiente privado". (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O empresário Joesley Batista, da JBS/Friboi, enviou uma carta ao ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), defendendo a manutenção do seu acordo de delação premiada. Em setembro, a PGR (Procuradoria-Geral da República) anunciou o rompimento do acordo e denunciou Joesley, que foi preso. Cabe ao ministro homologar a rescisão do contrato.

O centro da crise da delação da JBS é uma gravação, datada de 17 de março, em que Joesley e o executivo Ricardo Saud, também preso, falam de possível atuação do ex-procurador Marcello Miller no acordo de delação quando ainda atuava no Ministério Público – ele deixou o cargo oficialmente em 5 de abril. O áudio foi entregue pelos delatores à PGR no dia 31 de agosto.

Na carta, Joesley diz que a gravação captou uma infeliz conversa “de dois amigos em ambiente privado”, que sob “efeito de bebida alcoólica jogam conversa fora, fazem brincadeiras”. “Senhor Ministro, quero ainda pedir desculpas por 4 horas de uma conversa que me envergonho profundamente”, diz o texto. O documento foi publicado pelo site “Jota” e o jornal Folha de S.Paulo também teve acesso ao material. Joesley rebate os argumentos da PGR para embasar sua prisão.

Afirma que é “injusto e desleal por parte da PGR se basear em notícias de jornal” para apontar que ele entregou os arquivos de áudio “por medo de terem sido recuperados pela Policia Federal”. “Afinal, os gravadores foram entregues por mim de boa-fé, portanto não é correto por parte da PGR usar tal argumento. O que é líquido e certo é o documento que comprova que eu entreguei os áudios voluntariamente e de boa-fé no prazo e local adequado.” Ele nega ter escondido gravações no exterior e diz que jamais pagou ou prometeu pagar ao ex-procurador Marcello Miller por serviços ilícitos.

No documento, o empresário afirma que passou dias lendo: “1) O depoimento que fiz dia 07/09/17 na PGR, 2) O pedido de prisão feito dia 08/09/17 pela PGR, 3) A sua decisão pela minha prisão no dia 09/09/17, 4) A minha defesa para que a prisão não se convertesse em preventiva, 5) A manifestação da PGR sobre minha defesa, 6) A decisão a favor da conversão da minha prisão em preventiva”. Ao fim, Joesley pede uma oportunidade para esclarecer os fatos.

Denúncia

A Justiça Federal em São Paulo aceitou na segunda-feira (16) denúncia contra os irmãos Joesley e Wesley Batista por uso de informações privilegiadas e manipulação de mercado por meio das empresas JBS e FB Participações. Com isso, os dois se tornam réus.

Na terça-feira (10), o Ministério Público Federal ofereceu a denúncia à 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo um dia após a PF entregar à Procuradoria o relatório final da Operação Tendão de Aquiles, que investigou e incriminou os irmãos.

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