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Esporte Em depoimento, jogadores de futebol alegam que não sabiam que esquema de manipulação de partidas é crime

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Atletas disseram ao promotor não saber que conversar sobre apostas poderia configurar em infração

Foto: CBF
Atletas disseram ao promotor não saber que conversar sobre apostas poderia configurar em infração. (Foto: CBF)

Em depoimento ao Ministério Público de Goiás (MPGO), dois dos jogadores investigados na Operação Penalidade Máxima alegaram não ter conhecimento de que o esquema de manipulação das partidas é considerado crime. Os zagueiros Victor Ramos e Kevin Lomónaco utilizaram desse argumento e disseram ao promotor não saber que conversar sobre apostas poderia configurar em infração.

O depoimento do zagueiro Victor Ramos, que defendia a Portuguesa-SP e atualmente joga na Chapecoense, foi dado no dia 25 de abril, em ligação de vídeo com os promotores do caso. O defensor negou ter recebido qualquer favorecimento e garantiu que não sabia que conversar com os apostadores era considerado crime. “Eu não sabia que conversar sobre apostas poderia ser crime. Eu sou muito leigo para isso, sou muito desligado para essas coisas, internet, não sabia que conversar sobre apostas vinha dar o que está dando em minha vida, esse tumulto, essa turbulência. Jamais esperava que isso ia acontecer em minha vida porque estava falando de apostas”, disse Victor Ramos.

Em nota oficial, Victor Ramos negou o envolvimento em esquemas de manipulação de jogos de futebol brasileiro. O documento, assinado pelos advogados do atleta, foi divulgado nas redes sociais e nega qualquer envolvimento de Ramos com o esquema de apostas. De acordo com a defesa, “não houve aceitação ou recebimento de vantagem com a finalidade de manipular resultados ou provocar infrações”.

O argentino Kevin Lomónaco, do Bragantino, já havia demonstrado falta de conhecimento durante a troca de mensagens com o apostador. Nas conversas obtidas pelo MPGO, o argentino exibiu não saber que a transação era ilegal e chegou a perguntar ao Luis Felipe Rodrigues de Castro, um dos apostadores envolvidos, se “não acontecia nada” e se a operação era “tudo legal”.

O zagueiro é um dos jogadores envolvidos no esquema de manipulação de apostas que fizeram acordo com o Ministério Público de Goiás para não serem denunciados. Ao assinar um acordo de não persecução penal com o MPGO, Lomónaco passa a ser testemunha no caso, porém, isso não significa que está livre de culpa em todos os âmbitos.

Lomónaco seguiu na mesma linha do depoimento de Victor Ramos e afirmou não saber que o movimento era crime ou algo parecido. Segundo o defensor, o apostador ficou insistindo para fechar o acordo e ele, sem perguntar nada para ninguém, aceitou receber o cartão amarelo na partida contra o América-MG, no Brasileirão do ano passado.

“Eu estava na concentração antes do jogo, e ele insistindo, mandando mensagem, tipo: ‘vamos fechar, hermano, dinheiro’. Eu fiquei falando com ele, aí na concentração, fechamos cartão amarelo. Eu fiz sem conhecimento algum que era um crime ou algo assim. Normal, não perguntei nada para ninguém”, afirmou Lomónaco, que completou. “Eu fiz somente porque não prejudicava a equipe, era algo normal, não pensei que era algum crime. Como falei, não perguntei nada a ninguém, fiz por fazer, no momento, foi um dia, somente.”

O Código Penal, em seu artigo 21, deixa claro que ninguém deve ser poupado de ser punido em razão de desconhecer a lei. Por outro lado, no artigo 8o da Lei de Contravenções Penais, consta uma exceção a essa regra, pois há previsão de que, no caso de ignorância ou compreensão equivocada da lei, que possam ser justificadas, é possível deixar de aplicar a pena.

 

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