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Brasil Em depoimento à Polícia Federal, o empresário Joesley Batista afirmou que Marcelo Miller foi apresentado a ele como ex-procurador da República

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Joesley Batista é um dos donos da JBS/Friboi. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em depoimento à PF (Polícia Federal) que durou mais de dez horas na terça-feira (27) em São Paulo, o empresário Joesley Batista falou pela primeira vez sobre a participação do ex-procurador Marcelo Miller no acordo de delação premiada da J&F. Segundo o advogado do empresário, Miller foi apresentado a Joesley já como ex-procurador.

Miller se desligou da PGR (Procuradoria-Geral da República) em abril de 2017 e, em seguida, passou a trabalhar para o escritório Trench Rossi Watanabe, que presta serviços para a J&F, holding dos irmãos Batista que controla também a JBS/Friboi. Ele é suspeito de ter atuado em favor dos delatores enquanto ainda era procurador da República, sem o conhecimento de seus superiores.

“O Marcelo Miller foi apresentado pela advogada criminalista Fernanda Tórtima como um ex-procurador já desligado do Ministério Público Federal [MPF] sem qualquer vínculo com a Procuradoria-Geral da República”, disse André Callegari, advogado de Joesley que acompanhou o depoimento, na sede da Polícia Federal em São Paulo, onde seu cliente está preso.

Segundo Callegari, “Joesley Batista contrata os serviços via TRW, que era o escritório ao qual Marcelo Miller estava vinculado e [do qual] se apresentava como profissional e já sócio desse escritório, mas sendo trazido, isso foi importante esclarecer, como ex-procurador e sem qualquer vínculo com a Procuradoria[-Geral] da República”.

Em depoimento concedido ainda em 2017, Miller admitiu os encontros com os executivos da J&F ainda como procurador, mas negou que tenha dado orientação jurídica para redigir o acordo de delação. Callegari sustentou também que Joesley Batista fez os pagamentos relativos aos serviços de advocacia ao escritório TRW, e nenhum diretamente a Miller.

Rescisão de acordo

Na segunda-feira (26), a Procuradoria-Geral da República rescindiu o acordo de delação de Wesley Batista, um dos donos da J&F, e do ex-executivo Francisco de Assis e Silva. Segundo a PGR, eles omitiram de forma intencional que, na época da assinatura do acordo, o então procurador estava prestando serviços para a J&F antes de se desligar oficialmente do Ministério Público. No caso de Joesley e Saud, assim que o acordo foi rescindido, o ministro Luiz Edson Fachin determinou a prisão dos dois por omitir informações.

As quatro rescisões esperam a homologação do ministro Fachin. Se o ministro homologar a rescisão dos acordos, todos perdem os benefícios, mas as provas apresentadas por eles continuam válidas. A J&F informou que as defesas de Wesley Batista e de Francisco de Assis não se pronunciarão sobre o assunto.  defesa de Marcelo Miller declarou que ele não recebeu qualquer remuneração de fonte privada antes de abril de 2017; que ele já havia pedido exoneração quando começou atividades preparatórias no setor privado; e que essas atividades não estavam relacionadas com as atribuições que ele ainda tinha no Ministério Público Federal.

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