Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de março de 2016
A Operação Lava-Jato, que apura o esquema de corrupção na Petrobras, completa dois anos nesta quinta-feira (17). Considerada a maior ação da PF (Polícia Federal) já realizadas no País, a operação contabiliza 990 anos em penas acumuladas, 134 mandados de prisão expedidos e 93 condenações criminais. Desde a primeira das 24 fases já deflagradas, foram recuperados R$ 2,9 bilhões para os os cofres públicos, segundo a força-tarefa da investigação.
As apurações começaram em um posto de combustíveis em Brasília e chegaram à Praça dos Três Poderes. Doleiros, operadores financeiros, deputados, senadores e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva integram a lista de investigados. A operação também já investigou empresas com atuação no Brasil e no exterior e seus executivos, além de ex-diretores da Petrobras.
De acordo com a força-tarefa do Ministério Público Federal, as investigações da Lava-Jato podem ser divididas em três etapas. A primeira delas apurou crimes financeiros praticados por organizações criminosas lideradas por doleiros. Na sequência, o foco esteve em atos de corrupção e lavagem de dinheiro praticados no âmbito da Petrobras. As propinas pagas no esquema somam pelo menos R$ 6,2 bilhões. Já na fase atual, o foco das investigações está em outros órgãos públicos federais, como o Ministério do Planejamento, Eletronuclear e Caixa Econômica Federal.
De acordo com dados do Tribunal de Contas da União, os prejuízos estimados com o esquema de corrupção chegam a R$ 29 bilhões. Nas contas da PF, no entanto, esse valor pode chegar a R$ 42 bilhões. A força-tarefa já pediu o ressarcimento de R$ 21,8 bilhões. (AG)