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Brasil Em meio a aglomerações e festas, Santa Catarina tem recorde de casos de coronavírus

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Apesar do crescimento dos casos de coronavírus, praias continuam lotadas. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Nos últimos sete dias, 276 pessoas morreram em Santa Catarina vítimas da covid-19. Nesse período, o Estado registrou recorde de casos ativos. Na quarta-feira (2), o governo confirmou 33.034 pessoas em tratamento contra a doença. E em meio à escalada cada vez mais íngreme de casos, imagens de aglomeração e desrespeito às regras sanitárias em território catarinense são flagradas.

Vídeos publicados em redes sociais mostram praias com aglomerações, festas em casas noturnas e até mesmo em lancha. E é esse cenário, segundo o epidemiologista Lúcio Botelho, que faz o Estado caminhar para o pior momento da pandemia.

“Dá para dizer que é o pior momento e a tendência é piorar”, conta o professor do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Especialista no tema, Botelho acredita que a situação crítica vista no horizonte do Estado até pode ser evitada, mas somente com isolamento e o fim das situações de aglomerações.

No entanto, os desrespeitos se repetem todos os fins de semana. Com sol ou não, as festas são registradas em várias regiões do Estado. Somente no último fim de semana, entre sábado (5) e manhã de domingo (6), 50 casas foram notificados pelo desrespeito em Balneário Camboriú, no Litoral de catarinense.

“Se a gente não diminuir o número de pessoas infectadas, nós vamos ter o pior quadro de mortes, porque o pior quadro de infecção a gente já tem. Eu não chamaria de bomba-relógio porque é algo previsível e prevenível”, afirma Botelho.

O secretário de Saúde de Florianópolis, Carlos Alberto Justo da Silva, analisa com preocupação o aumento da circulação de pessoas na cidade, principalmente às vésperas do verão. Para ele, a falta de unidade nas tomadas de decisão e discursos facilitam descuido às medidas.

“Onde existe toda uma corrente dissonante afirmando que um diz uma coisa e outro diz outra coisa, essas pessoas acabam validando o descumprimento baseado nesse tipo de narrativa, de negacionsimo”, comentou o secretário ao lembrar que a maior parte dos infectados são jovens.

Mesmo com esse público que é o mais infectado pelo vírus, mas o menos letal, Silva alerta que não existe uma uma “cartão de imunidade” em uma faixa etária específica.

“As pessoas de uma certa faixa etária acham que estão imunizadas e pressionam o tempo inteiro por flexibilização, mas não existe isso”, afirma.

No início da pandemia, Santa Catarina levou três meses e 28 dias para atingir o número de mortos registrados nos últimos sete dias (276) pela covid-19. Entre 26 de março a 24 de julho, o Estado havia registrado 279 mortes.

Nesse período, as medidas sanitárias impostas foram mais respeitadas e os índices de distanciamento social foram maiores. Em agosto os números caíram e setembro o governo anunciou a menor taxa de letalidade da doença.

Com a temporada de verão batendo as portas, dados do consórcio de veículos de imprensa mostram que a média móvel de casos cresceu 74%. E essa elevação começou a ser registrada em outubro. Foi nesse período que as imagens de praias lotadas no litoral catarinense começaram a chamar a atenção.

Na tentativa de diminuir o contágio, o governo limitou na sexta-feira (4) a circulação de pessoas durante a madrugada. Em decreto classificado pelo secretário de Estado de Saúde, André Motta, com função pedagógica, o Estado determinou que estabelecimentos não essenciais, como restaurantes e baladas, fechassem as portas à meia-noite.

A estratégia falhou, acredita Botelho. Na praia da Guarda do Embaú em Palhoça, na Grande Florianópolis, no sábado (5), por exemplo, a abertura de uma casa noturna, gerou episódio de aglomeração. A polícia disse que investiga o caso.

Atualmente, a Matriz de Risco que classifica o risco do vírus por regiões mostra 15 das 16 áreas do Estado como gravíssima. Na manhã desta terça-feira (8), a taxa de ocupação de leitos de UTI no Estado era de 88,27%.

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