Sábado, 10 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 30 de junho de 2020
Durante o período de isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus, diversos profissionais brasileiros foram afastados dos seus empregos e tiveram que procurar outras fontes de renda para se sustentar. Uma delas foi a atividade de entregador, seja diretamente com estabelecimentos ou por meio de aplicativos de delivery.
Em maio deste ano, 42 mil brasileiros com ensino superior (graduação e pós-graduação) se declararam como “entregador de mercadorias de restaurante, de farmácia, de loja, aplicativo etc.”. O número corresponde a 0,15% de todos os brasileiros com ensino superior, que são 27 milhões.
Os dados são de um levantamento do Quero Bolsa, uma plataforma de bolsas de estudo e vagas no ensino superior, utilizando os microdados da Pnad-Covid, divulgada pelo IBGE.
Entre os entregadores de mercadorias com ensino superior, 22,7% tem mais de 40 e menos de 45 anos; 67% se identificam como brancos e 31,8% como pretos ou pardos; 87% são homens; e 68,5% residem nos Estados do Sudeste.
Segundo o levantamento, 3,7 mil (8,8% do total de entregadores com ensino superior) foram afastados do seu trabalho por conta da quarentena, isolamento, distanciamento social ou férias coletivas, passando a trabalhar com as entregas.