Sexta-feira, 25 de julho de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Variedades Em novo filme, a Mulher-Maravilha enfrenta outros rivais

Compartilhe esta notícia:

Previsto para ser lançado em abril, o filme só chega aos cinemas agora, por causa da pandemia. (Foto: Reprodução)

Felizes e cansadas. Era assim que a diretora Patty Jenkins e a estrela Gal Gadot diziam se sentir quando vieram a São Paulo, em dezembro do ano passado, para divulgar “Mulher-Maravilha 1984” na megafeira geek CCXP. Então previsto para ser lançado em abril, o filme só chega aos cinemas agora, por causa da pandemia.

“Nenhum ator começa sua carreira imaginando que um dia vai trabalhar numa produção tão intensa”, diz Gadot. “Gravei um filme em Londres, uma produção menor. Foram três semanas de ensaios, depois rodamos em pouco mais de um mês. Eu passeava no parque todo dia e tinha os finais de semana livres. Não dá para comparar com um filme de super-herói.”

Sua preparação para a nova aventura da heroína da DC Comics começou meses antes das filmagens, entre condicionamento físico e ensaios. “Depois foram oito meses seguidos de gravação. Oito meses! Seis dias por semana! No domingo eu dormia o dia todo.” A diretora dispensou ainda mais tempo no projeto, contando pré e pós-produção. “Mais de um ano sem fazer qualquer outra coisa”, diz Jenkins. “Sem festas, sem amigos. Mal conseguia ver meu filho e meu marido.”

A continuação do blockbuster “Mulher-Maravilha”, de 2017, é mais ambiciosa. Troca a Primeira Guerra Mundial, cenário para contar a origem da personagem, por 1984. “Achei ótima a ideia”, defende a atriz. “As aventuras da Mulher-Maravilha são oportunas para ir e voltar no tempo. Afinal, ela vive há décadas, e ainda está bem conservada, não?”, brinca Gadot.

Segundo a diretora, “o ano de 1984 foi uma época de excessos visuais, de muita cor”. Ela fez um filme solar, em contraponto ao clima sombrio da guerra do longa anterior. “Tínhamos o intervalo entre a Primeira Guerra e os encontros dela com os outros heróis nos dias atuais, mostrados em ‘Batman Vs. Superman’ e ‘Liga da Justiça’. Os anos 1980 pareceram o ideal, por concentrar um sentimento nostálgico em parte da plateia e por ser um período de inovações, mas sem muitas facilidades que temos hoje.”

Falando de facilidades tecnológicas, Jenkins afirma que não gosta de se sentir refém dos efeitos especiais. “É praticamente possível fazer tudo em computação gráfica dentro de um estúdio, mas gosto de locações reais. Quero fazer filmes ‘old school’ usando a nova tecnologia. Quero atores de verdade, quero recorrer a dublês para coisas incríveis, tento ser independente da tecnologia. Busco uma extravagância visual, mas não a qualquer preço”, diz.

Enquanto muitos atores usam máscaras ou maquiagem pesada para personificar um herói de quadrinhos, Gal Gadot expõe seu rosto o tempo todo na tela. Nem muda a cor do cabelo. Assim, sua identificação com a Mulher-Maravilha é imediata. É reconhecida em qualquer lugar, a qualquer momento. Foi perseguida pelos fãs nas ruas de São Paulo.

“É um efeito colateral do que eu faço”, define a atriz. “Então tenho muito respeito por esse reconhecimento. Lido bem com essa atenção exagerada, mas sempre agradável. Às vezes eu estou cansada ou zangada com alguém ou alguma coisa, mas isso não transparece. Esse contato serve justamente para amenizar esses problemas, sou muito agradecida.”

A atriz gosta de sentir a força da personagem no imaginário das pessoas. “É divertido entrar numa loja de brinquedos ou numa livraria e encontrar os itens com a Mulher-Maravilha, gosto de me sentir parte desse fascínio. Mas é meio surreal encontrar bonecas que têm o rosto parecido com o meu. É como um sonho estranho, sabe?” Ela tem algumas das chamadas “action figures” em casa, que ganha de presente, mas nunca comprou uma. “Não quero fazer uma coleção de bonequinhas Gal, seria bizarro!”

Diretora e atriz querem fazer mais filmes da Mulher-Maravilha. Mas são unânimes em reclamar da maneira como a mídia trata essas produções. “O que mais espero é chegar a um dia em que parem de falar de mim como uma mulher diretora e como uma diretora de filmes de uma garota dos quadrinhos”, diz Jenkins. “Eu trabalho muito, intensamente, e em nenhum momento preciso me preocupar com o fato de ser uma mulher, mas todos apontam para essa condição.”

“Quando o gênero parar de regular essa discussão será sinal de que o empoderamento feminino cumpriu sua missão”, acrescenta Jenkins. “Eu concordo, nesse dia nós teremos alcançado nosso objetivo, será uma vitória do feminismo”, diz Gadot. “Essa separação, essa insistência em ressaltar que sou uma mulher e não um homem, eu acho isso um insulto para ambos os lados”, acrescenta a diretora.

Mulher-maravilha virou ícone, as crianças projetam-se nela. Não apenas as crianças. De cara, Diana é apresentada a Kristen Wiig como Barbara, a cientista pouco confiante de si mesma que imediatamente já está soltando o verbo. Gostaria de ser segura como Diana, que move-se com graça no alto de seus saltos. Barbara é um desastre, tropeça, quase cai. Se o cinema pode ser uma caixa de sonhos para fornecer ao público aquilo que deseja, só agora, depois de assistir a MM84, faz sentido uma frase de Patty – “Cuidado com seus sonhos”. Eles podem se realizar, mas, em geral, cobram um preço.

Há uma pedra misteriosa, que surge na trama para realizar o sonho das pessoas. O de Barbara é ser como Diana, é se transformar numa superfêmea predadora alfa – mais poderosa que a Mulher-maravilha. O de Diana é ter Steve de volta. E quem vai se apropriar da pedra, para dominar a mente das pessoas realizando os sonhos delas, é um tal Maxwell Lord, interpretado por Pedro Pascal. Uma coisa que Patty já havia antecipado, mas, claro, só agora faz sentido. “Será”, ela dizia há um ano, “um filme sobre duplos”.

Diana e Barbara, a Mulher-maravilha e sua versão para o mal. Steve e Lord, o herói e seu antinomio. Lord está sempre falando para o filho de seu sonho de se realizar como herói aos olhos do menino. Sua obsessão por poder fará dele um monstro. E essa é a história.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Variedades

Camila Pitanga termina namoro com Beatriz Coelho após quase dois anos juntas
Caxias do Sul ganha espaço cultural no Pátio Eberle, área ícone do desenvolvimento da cidade
https://www.osul.com.br/em-novo-filme-a-mulher-maravilha-enfrenta-outros-rivais/ Em novo filme, a Mulher-Maravilha enfrenta outros rivais 2020-12-16
Deixe seu comentário
Pode te interessar