Domingo, 11 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 18 de janeiro de 2022
Primeira dose estará disponível em 12 unidades de saúde.
Foto: Cristine Rochol/PMPAA tão aguardada vacinação contra covid para crianças começa nesta quarta-feira (19) em todo o Rio Grande do Sul, de forma simultânea (com exceção da cidade de Esteio, que deflagrou a campanha para guris e gurias nesta terça). Em uma primeira etapa, a dose inicial será aplicada aos 96.427 pequenos gaúchos de 5 a 11 anos com comorbidade, deficiência permanente ou baixa imunidade.
Já a garotada residente em aldeias indígenas (3.911) ou comunidades quilombolas (1.188) serão atendidas conforme orientação futura do Ministério da Saúde. As demais 862.747 crianças terão que esperar até a próxima fase da campanha.
A boa notícia é que, para esse último segmento, a campanha pode começar neste mês (em ordem decrescente de idade), caso o Estado receba remessas suficientes. De qualquer forma, o começo da imunização na faixa de 10 e 9 anos está anunciado para fevereiro, seguido pela piazada de 8 anos. Os mais novinhos ainda dependem do envio de novos lotes à Secretaria Estadual da Saúde.
O fármaco utilizado é o da Pfizer, em dosagem adaptada para o público infantil e com esquema vacinal de duas doses mediante intervalo de oito semanas entre cada injeção.
Não é necessária prescrição médica, mas a mãe, pai ou responsável deve acompanhar o procedimento. Caso não seja possível o comparecimento de um adulto, será necessário apresentar autorização por escrito.
Além disso, o serviço deve ser realizado em sala exclusiva e com espaço para que a criança permaneça no local por cerca de 20 minutos. Trata-se de uma medida de precaução, cujo objetivo é observar eventuais efeitos adversos – que são bastante raros e sem riscos relevantes.
Capital
Conforme a prefeitura, aproximadamente 120 mil pequenos cidadãos residentes em Porto Alegre se enquadram nesse segmento populacional, saudáveis ou não. São sete postos da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de prontidão a partir das 8h, oferecendo a vacina pediátrica até as 17h.
– Chácara da Fumaça: Estrada Martim Félix Berta nº 2.432 (bairro Mário Quintana);
– IAPI: rua Três de Abril nº 90 (bairro Passo D’Areia);
– Moab Caldas: avenida Moab Caldas nº 400 (Santa Tereza);
– Nova Brasília: rua Vieira da Silva nº 1.016 (Sarandi);
– Santa Marta : rua Capitão Montanha nº 27 (Centro Histórico);
– Santo Alfredo: rua Santo Alfredo nº 37 (São José);
– Clínica da Família José Mauro Ceratti Lopes – avenida João Antônio Silveira nº 3.300 (Restinga).
O diretor do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) de Porto Alegre, Fernando Ritter, salienta que a vacinação infantil não é obrigatória, mas consiste em um direito das crianças e de suas famílias. Ele também reitera a segurança sanitária do fármaco para esse público:
“A Pfizer vem sendo utilizada com essa finalidade há dois meses, abrangendo mais de 40 países, com mais de 8 milhões de doses aplicadas somente nos Estados Unidos e sem registro de eventos adversos significativos. Além disso, o risco de complicações com a covid é muito maior que qualquer chance de reação indesejável à vacina”.
Ainda de acordo com Ritter, a disponibilização da vacina para a criançada proporciona uma garantia de maior segurança para toda comunidade:
“Mesmo que geralmente não desenvolvam quadros graves de covid, as crianças são vetores da doença ao levarem o vírus para casa ou escola, colocando em risco pessoas mais suscetíveis à infecção, como avós, pais com comorbidades, professores e funcionários de escolas. No Brasil, a doença já matou mais de 1,4 mil crianças, bem mais que todas as doenças preveníveis pelos imunizantes disponíveis no calendário vacinal brasileiro”.
(Marcello Campos)
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