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Política Em resposta a manifestações bolsonaristas, esquerda se reúne em diversas cidades do País com discurso contra anistia

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Bandeiras e cartazes se colocavam principalmente contra a anistia dos investigados pela tentativa de golpe de Estado do dia 8 de janeiro.

Foto: Divulgação/CUT
Bandeiras e cartazes se colocavam principalmente contra a anistia dos investigados pela tentativa de golpe de Estado do dia 8 de janeiro. (Foto: Divulgação/CUT)

Centrais sindicais e lideranças de esquerda se reuniram nesta manhã na Praça da República, em São Paulo, em ato em defesa da soberania nacional. Movimentação tenta responder às manifestações bolsonaristas neste 7 de Setembro, feriado da Independência, e contou com a presença do ministro do governo Lula Luiz Marinho (Trabalho), além do presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Edinho Silva (PT), e os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Érika Hilton (PSOL). Outras cidades brasileiras também registraram manifestações.

Caravanas do interior do Estado de São Paulo marcaram presença, assim como manifestantes com bandeiras do Brasil e vestindo verde e amarelo, numa tentativa de resgatar os símbolos nacionais, majoritariamente utilizados pela direita. Com a manhã nublada e uma temperatura de 18 °C, o ato ocupou parcialmente a Praça da República e a avenida Ipiranga, no centro.

Organizado pela Frente Povo Sem Medo, que reúne o MST e o MTST, e por movimentos sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a expectativa é por atos semelhantes em ao menos 36 cidades em 23 Estados e no Distrito Federal.

De acordo com lideranças de esquerda, para além da soberania nacional, também está na pauta do ato na Praça da República a taxação dos super-ricos, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e a redução da jornada de trabalho sem redução salarial. As pautas não são novidade e permeiam atos de esquerda desde o início do ano.

Apesar do mote do ato ser a soberania nacional, discurso que ganhou força após o governo americano anunciar um tarifaço de 50% imposto a produtos brasileiros, bandeiras e cartazes se colocavam principalmente contra a anistia dos investigados pela tentativa de golpe de Estado do dia 8 de janeiro.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) descartaram a possibilidade de os projetos de anistia avançarem no Congresso. Enquanto o ministro avaliou que o projeto é inconstitucional, Boulos classificou o texto como uma “bravata” que, mesmo se avançar na Câmara, cairá.

“Nossa Constituição é clara: crime contra a pátria não cabe nem anistia, nem indulto. O Congresso Nacional tem que assumir sua responsabilidade. Se votar questões inconstitucionais, elas serão vetadas, e o Supremo terá de avaliar”, disse Marinho.

Boulos destacou a importância de a esquerda retomar o 7 de Setembro após a “cooptação” da data pelos adversários.

“A esquerda vir às ruas no 7 de Setembro é uma expressão de quem defende o Brasil. Hoje, quem defende o Brasil é quem está ao lado do nosso povo contra as agressões dos Estados Unidos, e não quem está lambendo as botas de Trump”, disse o deputado.

Sobre a tramitação da anistia, o deputado afirmou que, mesmo supondo que todos votem a favor do projeto, a maioria na Câmara não garantiria sua aprovação no Senado.

“Bolsonaro subia em um caminhão e ficava xingando todo mundo; agora, fica implorando por anistia, com Tarcísio cumprindo esse papel lamentável de ir a Brasília para tentar ser o candidato do Bolsonaro à Presidência”, afirmou Boulos. Sobre o julgamento do ex-presidente Bolsonaro, o deputado disse que sua expectativa é pela prisão, o que será comemorado por ele com um “churrasco”.

O presidente nacional do PT, Edinho Silva, ressaltou a importância de punir os responsáveis pela tentativa de golpe, dizendo confiar no “bom senso dos parlamentares” com relação ao tema.

“Não podemos banalizar nem normalizar aquilo que é grave, nós tivemos um resultado eleitoral. Aqueles que perderam as eleições organizaram uma tentativa de golpe, e o pior, organizaram o assassinato do presidente vitorioso, do vice. Se nós banalizarmos isso, nós teremos aberto o precedente que toda vez que alguém perder as eleições, se sinta no direito de organizar golpe e assassinar os vitoriosos”, disse.

 

 

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