Quinta-feira, 06 de março de 2025
Por Redação O Sul | 20 de dezembro de 2024
Lula também disse que é importante conter gastos para controlar as contas públicas.
Foto: Ricardo Stuckert/PRO presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta sexta-feira (20), no Palácio da Alvorada, em Brasília (DF), com os 38 ministros do seu governo. Em clima de confraternização, ele disse aos presentes que o novo chefe do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, a ser empossado no cargo no dia 1º de janeiro, defendeu a necessidade de pacificação da relação com o mercado financeiro.
Lula esteve em São Paulo até a última quinta-feira (19), onde passou por uma cirurgia de retirada de um coágulo na cabeça. Recuperado e de volta a Brasília, reuniu a equipe e líderes governistas no Congresso para fechar o ano. A relação do governo com o mercado era um tema inevitável do encontro, em razão do nervosismo dos agentes financeiros nos últimos dias, diante de incertezas sobre a responsabilidade fiscal do governo e a eficácia do pacote de corte de gastos.
A cotação do dólar — tradicional termômetro para medir o humor dos agentes financeiros — vem registrando sucessivos recordes históricos e chegou a bater em R$ 6,30, antes de começar a ceder. Os presentes à reunião com Lula destacaram que o presidente deu ênfase à importância de baixar a fervura na relação com o mercado.
O presidente disse que se incomoda com os juros altos, mas não atacou a postura do Banco Central — a quem cabe elevar ou baixar a taxa Selic —, como fazia no início do governo. Os ministros viram nisso um ponto de inflexão no trato de Lula com o BC.
Em determinado momento da reunião, ele chamou Galípolo, indicado por Lula para o BC, para gravar um vídeo. Lula disse que Galípolo será o presidente do BC com mais autonomia no cargo em toda a história.
“E eu quero te dizer que você será certamente o mais importante presidente do Banco Central que esse país já teve porque você vai ser o presidente com mais autonomia que o Banco Central já teve”, afirmou o presidente ao lado de Galípolo e diante dos ministros.
Lula também disse que é importante conter gastos para controlar as contas públicas. O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou que Lula quer realizar uma reunião ministerial em janeiro para fazer um balanço de 2024 e projetar ações de 2025.
O presidente também decidiu, segundo Dias, fazer um ato em defesa da democracia no dia 8 de janeiro, quando completam dois anos dos atos extremistas que resultaram na invasão das sedes dos Três Poderes.