Quinta-feira, 15 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 29 de maio de 2017
Depois de nove dias no exterior, o presidente dos EUA, Donald Trump, retornou a seu país no sábado (27). Encontrou elogios à sua passagem pelo Oriente Médio e críticas ao comportamento ambíguo que manteve com os aliados europeus. Mas isso é passado. Ele precisa agora tratar de salvar sua pele.
Trump prepara-se para enfrentar nas próximas semanas uma agenda que começa a colocar em risco sua presidência. “Aquela coisa da Rússia” parece tornar-se, a cada dia, mais complicada.
“Aquela coisa da Rússia” foi como o presidente se referiu ao imbróglio dos contatos subterrâneos de sua equipe com o governo russo durante a campanha eleitoral. As revelações não param de aparecer nas páginas da imprensa.
A mais recente delas foi publicada na semana passada pelo jornal The Washington Post, dando conta de que o assessor especial e genro de Trump, Jared Kushner, está sob investigação do FBI por ter sugerido, em dezembro do ano passado, a criação de um canal secreto de contato entre a Casa Branca e a Rússia.
O primeiro assessor presidencial a ser abatido pelo “affair” russo foi o general reformado Michael Flynn. O então conselheiro de Segurança da Casa Branca deixou o governo após 24 dias no cargo, quando se noticiou que mentira ao vice-presidente, Mike Pence, sobre conversas com o embaixador de Moscou.
“Aquela coisa da Rússia” deixou de ser um incômodo para tornar-se um escândalo político quando Trump demitiu o diretor do FBI, James Comey, numa decisão interpretada como uma investida contra as apurações do órgão.
Para piorar o inferno astral, criou-se um novo problema. Após suada votação do projeto para substituir o Obamacare, sistema de saúde da gestão anterior, veio à luz o parecer técnico da Comissão de Orçamento: mantido como está, o plano deixará sem assistência 23 milhões de pessoas até 2026.