Por Redação O Sul | 29 de setembro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
As pesquisas do Ministério da Educação têm comprovado o decréscimo da qualidade do ensino público. Nenhum candidato ao governo do Estado e à Presidência da República apresentou proposta consistente para reverter a situação, que condena mais uma geração ao desconhecimento e à falta de habilitação para o mercado de trabalho.
Ausentes
Outro tema que não entrou no radar dos candidatos: os incentivos fiscais a indústrias ineficientes, circunstância que se une a tantos outros desperdícios do dinheiro público. Economistas e administradores estrangeiros estranham a inexistência no Brasil de um filtro para controlar tantos benefícios.
Ninguém nos governos que pergunte: vale a pena?
Trégua temporária
Nesta campanha não há mais volta: para os candidatos que concorrem pela primeira vez à Câmara dos Deputados e às Assembleias Legislativas, a distribuição do Fundo Eleitoral seguiu critérios injustos. Não sobrou para eles. Os prejudicados já ganharam apelido: bloco do bico seco.
Agora, silenciam para não criar confusão. Depois, vão soprar forte o trombone nos ouvidos dos dirigentes de partidos.
Empurrãozinho a mais
Começará segunda-feira o prazo para deputados federais e senadores apresentarem emendas ao próximo orçamento da União. Cada um poderá sugerir a destinação de até 15 milhões e 400 mil reais. Como são emendas impositivas, o governo precisará pagar sem pestanejar. O desafio, agora, será o da velocidade. Os parlamentares precisarão fazer chegar a notícia aos municípios beneficiados antes das eleições.
Sem rodeios
Ninguém tira de Jair Bolsonaro o Troféu Sinceridade da campanha. Sobre Hamilton Mourão foi claro: “Vice não apita nada, mas atrapalha muito.”
Quer dizer, capitão enquadra o general.
Meirelles cedeu
Por esta o ex-presidente do Bank of Boston não esperava: antes das gravações dos programas de propaganda eleitoral, submete-se à sessão de maquiagem. Muitas camadas de pó para evitar o brilho na testa, além de corretivo nos olhos. No começo, resistiu. Depois, viu que não havia outra saída.
Diferença
Em 2014, quando faltava uma semana para a eleição presidencial, os candidatos já tinham gasto 650 milhões de reais. Este ano, não passam de 140 milhões. Efeito da torneira fechada das empresas.
Não querem complicação
Tesoureiros têm visitado financiadores de campanhas anteriores. Diante da recusa, porque a lei não permite, insistem, alegando que o dinheiro por fora pode ser recebido. Alguns não se constrangeram e pedem que os achacadores tomem o rumo da porta.
Muito pouco
Hoje, completam-se 25 anos de pancadaria ocorrida na Câmara dos Deputados. A 29 de setembro de 1993, policiais, parlamentares e líderes sindicais brigaram pouco antes da votação do projeto que marcava para 6 de outubro o começo da revisão constitucional. A tensão aumentou quando surgiu a denúncia de que alguns deputados estavam armados.
Ao longo de 80 sessões entre 1993 e 1994, foram acolhidas apenas 19 propostas de mudanças, das quais 12 rejeitadas no 1º turno pelo plenário. Ao final, houve aprovação de seis.
A passos firmes
Dilma Rousseff lidera pesquisas em Minas Gerais e está próxima de conquistar uma vaga no Senado. Sua assessoria evita cruzar com grupos hostis ao PT. Tem também contado com a compreensão dos repórteres. Pede para que não entrevistem a candidata e é atendida.
Há 50 anos
A 29 de setembro de 1968, as instalações do Gasômetro foram vendidas como sucata. Inaugurada em 1876, produzia energia para iluminação de residências e ruas de Porto Alegre. Mais tarde, entrou em colapso devido às dificuldades geradas pela concorrência do gás em botijões.
Esperança
Os brasileiros merecem que a última semana antes das eleições seja sem disfarces nem fantasmas.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
