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Brasil Em troca de agrado, o governo federal espera que os governadores influenciem suas bancadas no Congresso para apoiar a agenda de reformas e salvar o próprio presidente Temer

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O governo mergulhou numa crise que enfraqueceu a base no Congresso. (Foto: Beto Barata/Planalto)

O presidente Michel Temer abriu nova frente para tentar ampliar sua base de apoio. O alvo agora são os governadores. Eles foram convidados para um jantar no Palácio da Alvorada, onde o principal assunto foi a repactuação das dívidas estaduais com o BNDES. Também compareceram o novo presidente do banco, Paulo Rabello de Castro, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em troca do agrado, o Planalto espera que os governadores influenciem suas bancadas no Congresso para apoiar a agenda de reformas e salvar o próprio presidente.

Temer pode ter escapado da cassação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas ainda tem uma guerra com a PGR (Procuradoria-Geral da República) pela frente. O procurador Rodrigo Janot deve apresentar nos próximos dias denúncia contra Temer no STF (Supremo Tribunal Federal), baseada na delação do dono da JBS, o empresário Joesley Batista. A abertura desse processo precisa ser autorizada pela Câmara por dois terços dos votos, ou 342 dos 513 deputados. Por enquanto, a vantagem está com o presidente, que tem mais do que os 172 votos necessários para barrar o processo. Mesmo assim, o governo não quer correr riscos.

Desde que o conteúdo da delação de Joesley foi revelado, o governo mergulhou numa crise que enfraqueceu a base no Congresso. Isso obrigará o Planalto a fazer concessões para reduzir sua impopularidade e conseguir aprovar projetos como a reforma da Previdência. A equipe econômica voltou a estudar medidas que vão na contramão do ajuste fiscal, como a correção da tabela do Imposto de Renda (IR) e o reajuste do Bolsa Família. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou que vai reajustar salários dos militares das Forças Armadas.

Ainda para agradar aos aliados, o governo conseguiu aprovar ontem na Câmara a tramitação de projeto de lei que permite ao governo usar recursos de precatórios para fechar suas contas. Diante da dificuldade para cumprir a meta fiscal deste ano, de déficit primário de R$ 139 bilhões, o governo teve de fazer um corte de R$ 42,1 bilhões no início do ano, o que comprometeu investimentos de praticamente todas as pastas, muitas delas comandadas por partidos da base. Como as receitas estão em queda, esse corte foi flexibilizado, mas em apenas R$ 3,1 bilhões. Para atender a pleitos de aliados, a equipe econômica precisa de dinheiro em caixa. Quando o projeto for aprovado, será possível reforçar os cofres em R$ 8,6 bilhões e autorizar mais gastos. (AG)

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