Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 29 de fevereiro de 2016
A primeira semana da temporada de troca-troca partidário na Câmara dos Deputados registrou mais de 40 migrações de deputados entre as legendas, já confirmadas ou em estado final de negociação. Em várias delas, o principal atrativo é a oferta ao deputado do controle de fatia do fundo partidário, a verba pública que será daqui em diante a principal fonte de recursos das campanhas.
A maior parte das mudanças até agora tem como personagens membros do chamado baixo clero, o grupo majoritário de deputados com pouquíssima expressão política nacional. Entre os mais conhecidos está o presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (BA), que deixa o PSD para ir para o PR. O convite partiu do presidente do partido, Alfredo Nascimento, que prometeu o diretório regional da Bahia. Araújo garante que estava bem no PSD, mas diz que, como dirigente partidário, ganha mais “autonomia” e “prestígio”. “Há de convir que dirigir o partido é muito melhor”, disse o deputado.
Outra figura conhecida é o polêmico deputado Jair Bolsonaro (RJ), que sai do PP e se filia ao PSC. As mudanças são pulverizadas entre as siglas e, até agora, não têm impactado a correlação de forças governo-oposição. Nem têm sido suficientes para mudanças relevantes nas grandes siglas. A janela do troca-troca vai até 19 de março. Emenda à Constituição aprovada pelo Congresso permite que nesse período qualquer um dos 513 deputados federais troque de legenda sem risco de perder o mandato por infidelidade. (Folhapress)