Terça-feira, 10 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 9 de junho de 2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou comentar sobre o pedido de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) durante visita à sede da Interpol nesta segunda-feira (9/6), em Lyon, na França. A corporação incluiu o nome da parlamentar na lista internacional de procurados.
Em breve conversa com jornalistas no local, Lula se ateve a comentar sobre a importância de a Interpol ser chefiada por um brasileiro, o policial federal Valdecy Urquiza, e disse estar satisfeito com sua viagem à França, encerrada hoje. Ao ser questionado sobre Zambelli, Lula não respondeu.
Lula discursou durante solenidade para assinatura de acordo entre o Brasil e a Interpol. Em sua fala, citou que o crime organizado está presente em empresas, na política, no judiciário e no futebol, e que precisa ser combatido por meio de uma cooperação entre os países. Disse ainda que a Interpol atua contra “alguns dos criminosos mais perigosos do planeta”.
Ele não fez menção, porém, ao caso de Zambelli. Ela foi condenada a dez anos de prisão e multa de R$ 2 milhões, em conjunto com o hacker Walter Delgatti Neto, pela invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A decisão também prevê a perda de seu mandato, mas ainda cabe recurso.
Zambelli responde ainda a um processo criminal no Supremo por perseguir, com uma pistola, um homem na véspera do segundo turno das eleições de 2022. Ela é ré por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
Zambelli fugiu do país para não cumprir a sentença, e está na Itália, onde tem cidadania. O ministro do STF Alexandre de Moraes, porém, pediu à Interpol a inclusão do nome da deputada na lista de foragidos internacionais, e determinou que o governo federal peça a extradição de Zambelli ao governo italiano.
Lula encerrou visita à França
Lula encerrou hoje sua viagem à França, que durou quase uma semana, e chega ao Brasil nesta noite. À imprensa, disse estar satisfeito com o resultado de seus compromissos no país.
“Estou muito feliz. Volto para o Brasil muito, muito feliz, porque a viagem para a França foi muito exitosa, eu não poderia ter um presente melhor do que voltar com um brasileiro eleito secretário-geral da Interpol”, disse o presidente. As informações são do portal Correio Braziliense.