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Brasil A Boeing pagará mais que o previsto para ficar com 80% da nova empresa criada com a Embraer

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As duas companhias firmaram acordo para unir forças e criar uma nova empresa de aviação civil no Brasil. (Foto: Divulgação/Embraer)

A Embraer informou nesta segunda-feira (17) que aprovou junto à fabricante norte-americana de aeronaves Boeing os termos do acordo anunciado em julho do ano passado, que prevê a criação de uma nova empresa (joint venture) de aviação comercial no Brasil. O novo negócio está sendo chamado de JV Aviação Comercial ou Nova Sociedade.

O negócio é avaliado em US$ 5,26 bilhões. Inicialmente, as duas empresas estimavam que o valor seria de US$ 4,75 bilhões. A JV Aviação Comercial terá participação de 80% da Boeing – que fará um aporte de US$ 4,2 bilhões no negócio –, e os 20% restantes serão da Embraer.

A fabricante brasileira de aeronaves terá o direito de vender sua parte na empresa para a fabricante norte-americana a qualquer momento, por meio de uma opção de venda. O acordo ainda precisa ser aprovado pelo governo brasileiro, que é dono de uma “golden share” na companhia e tem poder de veto em decisões estratégicas, como a transferência de controle acionário da empresa.

Caso o governo aprove o negócio, o acordo ainda será submetido à aprovação dos acionistas, das autoridades regulatórias, “bem como a outras condições pertinentes à conclusão de uma transação deste tipo”, informou a Embraer.

O acordo foi divulgado uma semana depois de o TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) ter revogado liminar que impedia as empresas de seguirem com as negociações. As ações da Embraer no Ibovespa subiram após a divulgação da notícia.

A expectativa é de que a parceria só tenha efeitos no lucro por ação da Boeing após 2020. O negócio deve gerar sinergias anuais de cerca de US$ 150 milhões – antes de impostos – até o terceiro ano de operação.

Após concluída a transação, a joint venture será liderada por uma equipe de executivos no Brasil, incluindo um presidente e um CEO. A Boeing terá o controle operacional e de gestão da nova empresa, que responderá diretamente a Dennis Muilenburg, presidente e CEO da Boeing.

A Embraer terá poder de decisão para alguns temas estratégicos, como a transferência das operações do Brasil. A empresa espera que o resultado da operação, descontados os custos de separação, seja de aproximadamente US$ 3 bilhões. Em 2017, a área de aviação comercial da Embraer respondia por 57,6% da receita líquida da companhia, com US$ 10,7 bilhões de um total de US$ 18,7 bilhões.

As empresas também chegaram a um acordo sobre os termos de uma segunda joint venture para promover e desenvolver novos mercados na área de defesa, envolvendo o avião multimissão KC-390. De acordo com a parceria, a Embraer será a controladora neste negócio, com 51% de participação, e a Boeing, com os 49% restantes. O valor total do negócio não foi informado. Caso a parceria seja aprovada no tempo previsto, a Embraer espera que a negociação seja concluída até o final de 2019.

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https://www.osul.com.br/embraer-e-boeing-fecham-acordo-para-criar-nova-empresa-e-aguardam-aval-do-governo/ A Boeing pagará mais que o previsto para ficar com 80% da nova empresa criada com a Embraer 2018-12-17
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