Domingo, 28 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de novembro de 2015
Opresidente do Grupo Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, apontará desvios que envolvem a empresa em contratos da Petrobras e o pagamento de propina a dois senadores, além de irregularidades em obras do setor elétrico e da Copa do Mundo realizada em 2014 no Brasil.
A empreiteira, a segunda maior do País, e a PGR (Procuradoria-Geral da República) negociam um acordo de delação premiada do executivo e um de leniência da companhia, além de quitação parcelada de multa de
1 bilhão de reais, a maior aplicada, até agora, a uma construtora investigada pela Operação Lava-Jato.
Azevedo está preso desde 19 de junho, quando a PF (Polícia Federal) deflagrou a Operação Erga Omnes, 14 fase da Lava-Jato, cujo nome é uma expressão em latim que significa vale para todos. Naquele dia, a força-tarefa prendeu a cúpula das duas poderosas construtoras do Brasil. A Andrade Gutierrez também foi alvo, no mês seguinte, da 16 etapa da Lava-Jato, nomeada Radioatividade, que teve como finalidade contratos da Eletronuclear relacionados à usina de Angra 3, no Rio de Janeiro.
As negociações de Azevedo e da empresa com a força-tarefa do MPF (Ministério Público Federal) se prolongam há dois meses. O executivo citará os nomes de autoridades com foro privilegiado, que teriam recebido valores ilícitos por abrir caminho para a empreiteira fechar acordos com a estatal petrolífera. O nome dos dois parlamentares que serão denunciados pelo executivo são mantidos em sigilo.
Um dos principais projetos da Andrade Gutierrez na petroleira foi o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).