Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de março de 2019
Passageiros que queiram aproveitar uma mesma viagem para conhecer vários destinos, mas que não se intimidam com uma eventual distância de milhares de quilômetros entre eles, terão a opção de fazer uma escala grátis em cinco cidades brasileiras ao voarem com a TAP, iniciando a viagem em Portugal ou em outros países da Europa.
A companhia aérea portuguesa anunciou a ampliação do seu programa de stopover (escalas de curta duração sem custo adicional) nos aeroportos do Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Recife e Fortaleza. Um exemplo de itinerário: um passageiro que saia de Lisboa com destino a São Paulo pela TAP poderá, na ida, aproveitar para passar uns dias em Salvador.
Com o novo benefício, o viajante poderá fazer uma parada de até cinco dias nesses destinos. A novidade é cumulativa com o stopover tradicional da empresa. Ou seja: quem sair de outros destinos da TAP na Europa poderá incluir uma escala no Brasil e uma outra em Lisboa ou em Porto.
A empresa espera essencialmente replicar o modelo europeu, que já foi usado por mais de 200 mil pessoas desde a sua criação, em meados de 2016. Além da possibilidade de passar um dia nessas cidades, os viajantes têm ainda uma série de descontos e empresas parceiras. Justamente por conta desses acertos, a TAP afirma que ainda não foi fechada a data de início das operações do programa.
Imigrantes
O coordenador do Observatório da Emigração defendeu que Portugal “precisa desesperadamente” de imigrantes e, para resolver o problema de falta de mão de obra, deve facilitar a entrada de estrangeiros e fazer campanhas de recrutamento.
Para o sociólogo Rui Pena Pires, o problema demográfico que Portugal e a Europa enfrentam de falta de mão de obra em alguns setores só será resolvido com mais imigração. “Um caminho que tem de ser feito rapidamente”, alertou.
“É um tema hoje complicado de gerir, face aos movimentos nacionalistas que estão nascendo um pouco por toda a Europa, mas se não tiverem mais imigrantes, Portugal e a Europa estão a suicidar-se”, afirmou, em declarações à agência de notícias Lusa.
Para atrair imigrantes, o país luso precisa, segundo o professor e sociólogo, colocar menos obstáculos à entrada de estrangeiros, mas também “ter políticas ativas de recrutamento lá fora”.