Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Empresa americana diz ter oferecido 400 milhões de doses ao Ministério da Saúde

Compartilhe esta notícia:

As vacinas seriam as desenvolvidas pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Na mira da CPI da Covid, a empresa americana Davati Medical Supply confirma ter oferecido 400 milhões de doses de AstraZeneca ao Ministério da Saúde. O presidente da companhia, Herman Cárdenas, disse que assinou a proposta, mas nega ter conhecimento de que, para destravar o negócio, um integrante do governo teria exigido pagamento de propina.

O caso foi revelado pela “Folha de S.Paulo”. Em entrevista ao jornal, Luiz Paulo Dominguetti Pereira disse que procurou o ministério para oferecer uma remessa de 400 milhões de imunizantes fabricados pela AstraZeneca e que o ex-diretor de logística da pasta Roberto Ferreira Dias, exonerado do cargo, teria exigido US$ 1 de propina para cada dose de vacina negociada.

De acordo com Pereira, a Davati intermediava a venda de imunizantes produzidos pela AstraZeneca. A AstraZeneca nega que tenha autorizado a Davati ou Pereira a negociar em seu nome.

No documento enviado pela Daviti ao Ministério da Saúde, a empresa americana incluiu o nome de Pereira como intermediário da negociação com a pasta. No entanto, Cárdenas diz que Pereira não é representante da companhia no Brasil, mas reconhece que seu nome constava da proposta formalizada.

“Estou ciente disso. Nos disseram para inclui-lo, mas ele não estava nos representando. A Davati não tinha conhecimento de quem ele era, então presumimos que ele era representantes deles”, disse Cárdenas.

Questionado sobre se estava se referindo ao governo brasileiro ao dizer que Pereira seria um representante “deles”, Cárdenas não respondeu.

No Brasil, Cárdenas afirma que seu único representante oficial é Cristiano Alberto Carvalho. Procurado pela reportagem, Carvalho não quis se manifestar.

“Seu governo terá que conduzir suas investigações para verificar se o Sr. Dominguetti pode provar suas alegações. Tudo que posso te dizer é que nunca nos pediram para aumentar nossa oferta em US$ 1 e que nem o vendedor nem a Davati teriam considerado um pedido desses”, afirmou Cárdenas.

Em nota, a Daviti afirma que nunca recebeu uma resposta do Ministério da Saúde. “Em 1º de março, a Davati Medical entregou uma proposta ao governo federal do Brasil de compra dessas vacinas, mas o governo nunca respondeu à nossa proposta. Então, um encontro entre o governo e um vendedor privado nunca foi feito pela Davati, e a discussão nunca avançou além da oferta“, diz a companhia.

Cárdenas disse que está disposto a colaborar com a Polícia Federal para esclarecer a questão. O executivo é o representante legal da empresa fundada em julho de 2020 nos Estados Unidos. A Daviti, que fornece outras vacinas no mercado, também é investigada no Canadá por ofertas fraudulentas de imunizantes durante a pandemia, segundo a imprensa local.

Sem intermediários

A empresa afirmou que “não disponibiliza a vacina por meio do mercado privado ou trabalha com qualquer intermediário no Brasil”. Segundo a farmacêutica, todas as doses estão vinculadas a contratos assinados com governos e organizações, como a Covax Facility, da Organização Mundial de Saúde (OMS). A empresa disse ainda que os convênios para venda de vacina são realizados diretamente por meio da Fiocruz e do Governo Federal.

Em nota enviada por meio de Herman, a Davati nega ser “distribuidora autorizada” da AstraZeneca. O empresário, porém, reconhece que tentou vender as doses ao Brasil.

“Não somos uma distribuidora autorizada de AstraZeneca e nunca representamos que somos. Embora não estejamos distribuindo nenhuma vacina contra covid-19 como linha de produto atual, fomos procurados por alguns clientes pelo mundo para localizar vacinas contra covid-19”, esclarece a companhia.

“No começo desse ano, fomos procurados pelo nosso representante no Brasil para ajudar a localizar vacinas contra covid-19 para o Brasil. Descobrimos um possível lote de vacinas sendo oferecido por um vendedor privado no exterior”, diz a nota.

tags: em foco

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Vacinação adiantada faz o coronavírus recuar no Uruguai: novos casos caíram 52% e mortes, 40%
Governo da França diz que o país provavelmente terá quarta onda de Covid
https://www.osul.com.br/empresa-americana-diz-ter-oferecido-400-milhoes-de-doses-ao-ministerio-da-saude/ Empresa americana diz ter oferecido 400 milhões de doses ao Ministério da Saúde 2021-06-30
Deixe seu comentário
Pode te interessar