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Brasil Empresa volta a cancelar cruzeiros devido à Covid-19

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Cancelamento abrange viagens entre 16 de janeiro e 31 de março de 2021.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Cancelamento abrange viagens entre 16 de janeiro e 31 de março de 2021. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Maior empresa de cruzeiros marítimos operando no País, a MSC anunciou, nesta quarta-feira (23), o cancelamento das viagens programadas para o período entre 16 de janeiro e 31 de março de 2021. Em nota, a companhia atribuiu sua decisão à demora do grupo interministerial em aprovar as operações para o restante da temporada brasileira, que se encerrará em abril.

O grupo executivo responsável por avaliar os protocolos de segurança e saúde e autorizar a volta dos cruzeiros no País é formado por representantes dos ministérios do Turismo, da Saúde, da Justiça e Segurança Pública, do Desenvolvimento Regional e da Infraestrutura, além de técnicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).

“Considerando esta postergação e o tempo mínimo necessário para a companhia preparar toda a sua operação – como logística, mobilização, testes e embarque da tripulação, abastecimento de provisões e a implementação de seu protocolo de saúde e segurança líder do setor -, a empresa não conseguiria iniciar as operações até meados de fevereiro, no mínimo”, informou a MSC.

Devido à pandemia do coronavírus, a companhia cancelou as viagens marítimas agendadas para ocorrer entre 15 de novembro de 2020 e 15 de janeiro de 2021. Sua concorrente, a Costa Cruzeiros, também cancelou, em setembro, todos os cruzeiros programados para ocorrer entre novembro de 2020 e abril de 2021.

Em nota, a MSC afirma que, desde julho, vem “trabalhando em estreita colaboração com as autoridades brasileiras”, buscando demonstrar a segurança do protocolo de saúde já testado na Europa, onde as viagens foram retomadas em agosto deste ano. A empresa afirma que, desde então, na Europa, mais de 30 mil clientes já embarcaram em seus transatlânticos, além dos tripulantes.

A empresa se comprometeu a conceder uma carta de crédito para reembolsar as pessoas que têm reservas para embarcar em um cruzeiro a partir do Brasil. O crédito será do mesmo valor pago pelo cliente e poderá ser usado até 31 de dezembro de 2021, para a aquisição de um novo pacote de viagem a ser realizada até 30 de abril de 2022 em qualquer cruzeiro da MSC.

Além de ressarcir o valor pago pelos clientes, a MSC concederá um crédito de 100 dólares ou euros (conforme a região de destino do cruzeiro), por cabine, para viagens de até seis noites, ou de 200 dólares ou euros, por cabine, para cruzeiros de 7 ou mais noites. No caso de cabines single, o passageiro receberá metade destes valores, que deverão ser gastos a bordo dos navios da MSC, em um próximo cruzeiro. Caso opte por não viajar, o cliente terá que negociar com a companhia o reembolso de parte do valor pago, conforme previsto na Lei 14.046, de 2020.

Consultado sobre o impacto da decisão da MSC, o Ministério do Turismo assinalou que os cruzeiros são parte importante do setor turístico, mas que o retorno das viagens marítimas só deve ser aprovado mediante a garantia de que todos os cuidados para preservar a saúde de turistas, tripulantes e das populações das cidades visitadas estão sendo adotados. A pasta também informou que desenvolveu protocolos para 15 atividades turísticas e que aguarda a aprovação das diretrizes específicas para o setor de cruzeiros.

Mesmo diante das incertezas decorrentes da pandemia, a MSC Cruzeiros está vendendo pacotes para a temporada 2021/2022. Na nota que a empresa divulgou nesta quarta, o diretor-geral da MSC no Brasil, Adrian Ursilli, disse ter ficado desapontado com a necessidade de suspender a próxima temporada e que a empresa seguirá operando no País tão logo seja possível retomar a normalidade.

“Esta foi uma decisão difícil de tomar, mas nosso compromisso com o país não mudará. Estaremos no Brasil mais fortes do que nunca na temporada 2021/2022”, disse.

A indústria de cruzeiros é uma das mais afetadas pelos reflexos da Covid-19 em todo o mundo. Em outubro de 2019, pouco antes do início da temporada 2019/2020, a Clia Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos) previa que este tipo de viagens atrairia cerca de 500 mil pessoas, uma demanda 6,5% superior à registrada durante a temporada 2018/2019, quando o setor movimentou algo em torno de R$ 2,083 bilhões – valor que engloba tanto os gastos diretos, indiretos e induzidos das companhias marítimas, quanto os gastos de passageiros e tripulantes.

Perdas

A partir de um estudo da FGV (Fundação Getulio Vargas), a Clia Brasil calcula que o cancelamento dos cruzeiros da MSC e da Costa deixará de gerar 39,5 mil empregos, fazendo com que o Brasil perca cerca de R$ 2,62 bilhões. Juntas, as duas companhias começaram a temporada 2019/2020 planejando operar com nove navios, ofertando cerca de 620 mil leitos, o que representaria um aumento de 17% em relação à temporada 2018/2019.

Globalmente, a paralisação das atividades acarretaram um prejuízo de US$ 77 bilhões de dólares e a perda de 518 mil empregos.

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