Esporte Empresário brasileiro dono de empresa de marketing, José Wawilla confessa suborno a membros da Fifa e Conmebol
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2015
O empresário brasileiro José Hawilla, dono da empresa de marketing esportivo Traffic, confessou à Justiça norte-americana que, desde 1991, tem a prática de pagar propinas por contratos de direitos de transmissão de competições oficiais. Réu confesso no processo sobre corrupção no futebol, Hawilla afirmou ter consciência de que a prática é ilegal.
Em documentos liberados nessa quinta-feira pela Justiça dos Estados Unidos são relatadas as confissões do empresário brasileiro. Para proteger o curso da investigação, alguns trechos da fala foram bloqueados.
Hawilla afirmou que o pagamento de propinas aos dirigentes ligados à Fifa (entidade máxima do futebol) e à Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) foi uma prática utilizada por ele até 2013. Os direitos de transmissão de competições como a Copa América, a Copa Ouro e a Copa do Brasil, além de patrocínios da Seleção Brasileira, foram determinados com tal atividade, segundo os documentos.
Depoimento
A seguir, alguns trechos da confissão de José Hawilla: “Aproximadamente em 1991, quando eu fui renovar um contrato para um desses eventos, a Copa América, um dirigente associado à Fifa, a agência encarregada do futebol mundial, e à sua confederação, a Conmebol. Ele me pediu uma propina para assinar o contrato. E, mesmo que não quisesse, eu concordei em pagar propina para aquele dirigente. Eu concordei em pagar subornos por contratos da Copa América, Copa Ouro, Copa do Brasil e pelo patrocínio da Seleção Brasileira. Eu usei instituições financeiras dos EUA e facilidades de transação bancária digital nos EUA para pagamento de algumas dessas propinas, bem como para pagamentos legítimos correspondentes a esses direitos”, disse o empresário. (AG)
