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Grêmio Enchentes históricas no RS em 2024 transformaram rotina do Grêmio

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Treinadora Thaissan Passos relembra como elenco feminino se mobilizou em meio à tragédia que atingiu o estado.

Foto: Divulgação/Grêmio
Treinadora Thaissan Passos relembra como elenco feminino se mobilizou em meio à tragédia que atingiu o estado. (Foto: Divulgação/Grêmio)

As enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul em 2024, deixando 184 mortos e 25 desaparecidos, atravessaram o futebol e mudaram completamente a rotina do Grêmio. Dos 497 municípios gaúchos, 478 foram atingidos por alagamentos, inundações e deslizamentos de terra, cenário que impactou diretamente atletas, comissão técnica e funcionários do clube.

Em entrevista, Thaissan Passos, então treinadora da equipe feminina, recordou o choque vivido ao retornar de uma partida contra a Ferroviária:

“A gente joga contra a Ferroviária, chega no Rio Grande do Sul e vê a água subindo. Em menos de três horas, pessoas pedindo socorro. Duas semanas antes, a gente tinha jogado no nosso estádio, que estava lotado, contra o Fluminense. As pessoas pagaram ingresso, gritaram, a gente foi campeão. E depois, dois ou três torcedores que estavam naquele jogo me encontram na Uber e falam: ‘Pô, me ajuda, eu não consigo achar minha família, eu perdi tudo’”, relatou.

Com centros de treinamento interditados e logística comprometida, o cotidiano passou a ser guiado por urgências que iam muito além da preparação para jogos. Jogadoras e comissão técnica se engajaram em ações de solidariedade: arrecadação e distribuição de doações, visitas a abrigos e atividades com crianças que haviam perdido casas e referências.

O impacto emocional foi imediato. Muitas atletas lidavam com perdas pessoais e familiares desalojados. A comissão técnica precisou adaptar treinos, cargas e até a comunicação interna, entendendo que manter o grupo unido era tão importante quanto qualquer ajuste tático.

Mesmo diante de condições adversas, o Grêmio retomou o Brasileirão feminino apoiado em um forte senso coletivo.

“As atletas foram fenomenais. A Pri Back, a Vivi, a Dani Barão eram meninas que não dormiam. Elas não conseguiam dormir porque não aceitavam estar comendo ou descansando enquanto tinha alguém precisando de ajuda”, relembrou a treinadora.

 

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