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| Entenda a descoberta que confirma a teoria de Einstein e muda o modo como vemos o Universo

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Descoberta significa a primeira detecção direta dos buracos negros. (Crédito: Reprodução)

Há 100 anos, Albert Einstein previu a existência de ondas gravitacionais como parte de sua Teoria Geral da Relatividade. Durante décadas, os cientistas vinham tentando, sem êxito, detectar essas ondas, fundamentais para entender as leis que regem o Universo.

Isso até este 11 de fevereiro – um dia que já vem sendo considerado histórico, visto que um grupo de cientistas de vários países anunciou ter conseguido detectar pela primeira vez as chamadas ondas gravitacionais. Essa comprovação é uma das maiores descobertas da ciência pois, além de confirmar as ideias de Einstein, abre portas para novas maneiras de se investigar o Universo.

Pesquisadores do projeto Ligo (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory), em Washington e na Lousiana (EUA), observaram o fenômeno e acompanharam distorções no espaço com a interação de dois buracos negros a 1,3 bilhão de anos-luz da Terra. Mas o que essa descoberta significa?

Ondas gravitacionais.

Segundo a teoria de Einstein, todos os corpos em movimento emitem ondas que, como uma pedrinha que afeta a água quando toca nela, produz perturbações no espaço. A Teoria da Relatividade é um pilar da física que transformou nosso entendimento do espaço, do tempo e da gravidade. E por meio delas entendemos a expansão do Universo, o movimento dos planetas e a existência dos buracos negros.

Essas ondas gravitacionais são basicamente feixes de energia que distorcem o tecido do espaço-tempo, o conjunto de quatro dimensões formado por tempo e espaço tridimensional. Assim, qualquer massa em movimento produz ondulações. Até nós mesmos.

Einstein previu que o Universo estava inundado por essas ondas. Esse efeito, no entanto, é muito fraco, e apenas grandes massas, movendo-se sob fortes acelerações, podem produzir essas ondulações em um grau razoável.

Como foram detectadas.

Os detectores nos Estados Unidos – localizados no Ligo – são formados por dois túneis idênticos em forma de L, de 3 quilômetros de largura. Nele, um feixe de laser é gerado e dividido em dois – uma metade é disparada em um túnel, e a outra entra pela segunda passagem. Espelhos ao final dos dois túneis rebatem os feixes muitas vezes, antes que se recombinem.

Se uma onda passa pelo túnel, ela distorcerá levemente seu entorno, mudando a longitude dos túneis em uma quantidade diminuta (apenas uma fração da largura de um átomo). E a forma com que as ondas se movem pelo espaço significa que um túnel se estira e outro se encolhe, o que fará com que um raio laser viaje uma distância maior, enquanto o outro fará uma viagem mais curta. Como resultado, os raios divididos se recombinam de uma maneira diferente: as ondas de luz interferem entre si, em vez de se cancelarem.

Implicação.

Os objetos também emitem essas perturbações que foram detectadas, mas a partir de agora os físicos poderão olhar os objetos com as ondas eletromagnéticas e escutá-los com as gravitacionais. “Não estamos falando de expandir um pouco mais o espectro eletromagnético, mas de um espectro totalmente novo”, explica Alicia Sintes, do departamento de física do Instituto de Estudos Espaciais da Catalunha, na Espanha, que participou do projeto.

Outro impacto diz respeito aos buracos negros: nosso conhecimento sobre a existência deles é bastante indireto. A influência gravitacional nos buracos negros é tão grande que nem a luz escapa de sua força. Mas não podemos ver isso em telescópios. Já as ondas gravitacionais são um sinal que vem desses objetos e carrega informações sobre eles. Nesse sentido, pode-se dizer que a descoberta significa a primeira detecção direta dos buracos negros.

Efeito causado na Terra.

Quando as ondas gravitacionais passam pela Terra, o tempo-espaço que nosso planeta ocupa deve se alternar entre se esticar e se comprimir. A Ligo vem buscando esse estiramento e compressão por mais de uma década. A expectativa era a de que detectaria distúrbios menores do que uma fração da largura de um próton, partícula que compõe o núcleo dos átomos.

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