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Mundo Entenda a piora da tensão entre os Estados Unidos e outras potências com a guerra comercial

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O presidente dos EUA, Donald Trump, em reunião com o da China, Xi Jinping. (Foto: Shealah Craighead/White House)

A crescente tensão entre os Estados Unidos e outras potências mundiais ganhou um novo capítulo no comércio internacional. Além da China, importantes parceiros comerciais dos EUA também declararam “guerra” contra as medidas protecionistas de Donald Trump, desenhando um cenário ainda pior e mais desafiador. Entenda o caso.

Nesta nova etapa da guerra comercial, União Europeia e o Nafta (formado pelos vizinhos Canadá e México) elevaram o tom contra as medidas de Trump, enquanto a China renovou as ameaças ao rival, dividindo a disputa comercial em duas grandes frentes.

“Quando se fala em guerra comercial, todo mundo pensa em EUA e China, mas é bem mais complexo”, explica o pesquisador de economia aplicada da FGV/Ibre, Lívio Ribeiro.

De um lado, China e EUA estão envolvidos em uma ampla disputa sobre propriedade intelectual que acabou por atingir produtos comercializados entre os dois países. De outro, as sobretaxas sobre o aço e o alumínio, impostas para “proteger a indústria norte-americana”, acertaram em cheio setores estratégicos de grandes economias, especialmente Japão, Europa e o Nafta.

Disputa 1: EUA x China

Há anos, os EUA reclamam que a China gera ao país um considerável déficit comercial (que é a diferença do volume exportado entre os dois países). Trump alega que o país asiático rouba propriedade intelectual, especialmente no setor de tecnologia, além de violar segredos comerciais das empresas americanas, gerando uma concorrência desleal com o resto do mundo.

Por isso, o combate aos produtos “made in China” é uma bandeira de campanha de Trump que recebeu o apoio de vários países.

As medidas dos EUA contra a China foram compostas por três ações: tarifas de importação contra produtos chineses; disputa na OMC; restrições de investimento.

 

A meta do governo Trump era reduzir em pelo menos US$ 100 bilhões o rombo com a China. Só que há controvérsia até no cálculo do tamanho buraco: nas contas de Trump, é de US$ 500 bilhões; nas da China, é de US$ 275,8 bilhões; dados oficiais dos EUA, apontam ser de US$ 375 bilhões ao ano.

Em abril, os EUA anunciam tarifas de US$ 50 bilhões sobre 1,3 mil produtos chineses, alegando violação de propriedade intelectual. Em resposta à taxação, China impõe tarifas de 25% sobre 128 produtos dos EUA.

Desde então, os dois países trocaram ameaças mútuas e agravaram a tensão comercial. O governo chinês acusou os EUA de serem “caprichosos” e alertou que os interesses dos trabalhadores e produtores agrícolas norte-americanos seriam afetados.

Disputa 2: EUA x União Europeia e Nafta

As sobretaxas sobre a importação de aço e alumínio aos EUA inflamaram vários participantes do comércio internacional, mas a medida acertou em cheio setores de grande visibilidade como o automotivo, que desempenham um papel estratégico nas economias europeias e entre os próprios parceiros comerciais, representados pelo Nafta (os vizinhos Canadá e México).

A tensão aumentou depois que Trump decidiu suspender a isenção da UE e do Nafta à cobrança das tarifas, há dois meses.

Em resposta, os europeus impuseram tarifas sobre o equivalente a € 2,8 bilhões de produtos importados dos Estados Unidos, como jeans, bourbon ou motocicletas.

A Comissão Europeia também anunciou impostos adicionais, em torno de 25%, a uma lista de produtos fabricados nos EUA submetida à OMC (Organização Mundial do Comércio), que inclui produtos agrícolas, siderúrgicos, veículos e têxteis.

As regras da OMC permitem que a UE introduza tarifas correspondentes em valor aos danos causados ​​pela decisão dos EUA sobre suas exportações de aço e alumínio para os Estados Unidos, que totalizaram € 6,4 bilhões em 2017. Mas a UE decidiu exercer inicialmente seus direitos sobre € 2,8 bilhões de produtos americanos, detalha a Comissão.

Canadá e México, parceiros dos EUA no Nafta (Tratado Norte-americano de Livre Comércio), também perderam a isenção que os EUA haviam concedido e decidiram reagir.

O México disse que acionaria a OMC e imporia medidas equivalentes a diversos produtos como aços planos [laminação a quente e a frio], lâmpadas, pernis e paletas suínas.

As tarifas mexicanas têm “por um montante equiparável” ao que o país perderia com as sanções americanas.

O Canadá anunciou a imposição de tarifas no valor de US$ 12,8 bilhões às exportações americanas de aço, alumínio e outros produtos como cerveja, uísque, papel higiênico e laquê para cabelo.

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