Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 8 de novembro de 2015
Omovimento nas agências do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) têm se intensificado. Isso se deve ao fato de muita gente querer calcular o tempo de serviço para saber quando poderá se aposentar, principalmente, agora com a nova regra. Marta da Silva achava que ia ter de trabalhar mais cinco ou seis anos. Mas se enganou.
“Mais oito anos, infelizmente”, disse. Ela começou a trabalhar com 17 anos e tem hoje 53 anos. Se não tivesse ficado alguns anos sem trabalho, já poderia se aposentar. Isso porque pela nova regra, basta somar o tempo de contribuição com a idade. No caso das mulheres, o resultado tem que ser ou superior a 85.
Antes o brasileiro se aposentava mais cedo. As mulheres com 52 anos, em média, e os homens com 55 anos. Agora, o governo quer que o trabalhador espere um pouco mais, adie a aposentadoria em alguns anos, para receber um benefício maior.
Mudanças Progressivas
A lei prevê mudanças progressivas no cálculo para se aposentar. Até o fim de 2018, vale a soma 85 para mulher e 95 para homem. Depois, o resultado vai mudando a cada dois anos. Em 2019, o tempo de contribuição e a idade, somados, terão que dar 86 para mulher e 96 para homem. Em 2027, a soma dará 90 para mulher e cem para homem.
A proposta do governo era aumentar a pontuação exigida a cada ano, mas o Congresso decidiu alongar o período de transição. A nova regra traz um alívio para os cofres da Previdência, mas somente nos primeiros anos. “Nos próximos 20 anos teremos um crescimento acentuado de idosos. Um contingente se aposentará com um valor maior do que aqueles que do passado”, afirmou o especialista em Previdência Social Fábio Giambiagi. (AG)