Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 17 de março de 2021
Faixas continuam as mesmas desde 2015, em que apenas rendimentos menores que R$ 1.903,98 estão isentos de arrecadação
Foto: Marcello Casal Jr./Agência BrasilA tabela do Imposto de Renda 2021 não teve nenhum reajuste em relação ao ano anterior. As faixas, inclusive, não mudam desde 2015 e acumulam distorções.
Estão isentos, portanto, os rendimentos mensais menores que R$ 1.903,98. A faixa máxima atinge os salários acima de R$ 4.664,68.
Faixas do Imposto de Renda
Faixa 1: Até R$ 1.903,98: isento
Faixa2: De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65: 7,5%
Faixa 3: De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05: 15%
Faixa 4: De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68: 22,5%
Faixa 5: Acima de R$ 4.664,68: 27,5%
Como funcionam essas faixas?
O imposto não é cobrado sobre todo o salário – o que é descontado em INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), por exemplo, não entra na conta.
Além disso, as alíquotas não são cobradas integralmente sobre os rendimentos. Quem ganha R$ 4 mil por mês, por exemplo (e se encaixa na faixa 4 acima), não paga 22,5% sobre toda a parte tributável do salário.
Segundo o Sindifisco (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal), a tabela acumula uma defasagem de 113,09% desde 1996. A inflação acumulada foi 346,69%, enquanto as correções de lá para cá somam 109,63%.
A falta de atualização tem levado o brasileiro a pagar mais imposto a cada ano e deixado mais trabalhadores fora do limite de isenção. Caso as correções tivessem sido feitas, estariam isentos os salários até R$ 4.022,89
A correção da tabela foi uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro em 2018. Na semana passada, Bolsonaro voltou a afirmar que gostaria de mexer nas faixas de cobrança do tributo, mas que não poderia fazer nada, porque o Brasil está “quebrado”.