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Saúde Entenda como funciona a última etapa de testes em humanos da vacina contra o coronavírus

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Os testes clínicos fase três estão previstos para começar em agosto, com 1.000 voluntários de São Paulo e Salvador. (Foto: Reprodução)

Cinco mil brasileiros – em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Bahia – vão participar da última fase de testes da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. Segundo a empresa, metade dessas pessoas receberá uma dose da agora chamada AZD1222, contra a Covid-19, e a outra metade receberá uma dose da meningocócica ACWY, um imunizante contra a meningite.

Trata-se da terceira etapa dos testes clínicos para a vacina do coronavírus em desenvolvimento pelos pesquisadores de Oxford. Antes disso, o produto já foi inoculado em animais, nos chamados testes pré-clínicos, e em humanos, nas fases um e dois, quando se testa sobretudo a segurança do imunizante.

Na terceira fase, por fim, o que se precisa analisar é a eficácia da vacina. Para isso, os voluntários precisam estar expostos ao vírus — daí a opção por profissionais de saúde atuando em meio à pandemia, com idade entre 18 e 55 anos.

Eles recebem (randomicamente) as doses da vacina contra a Covid-19 e da meningocócica e são monitorados com frequência, tanto para a análise de sintomas, quanto para testes sorológicos. Devem voltar aos locais dos testes: a Unifesp, em São Paulo, e o Instituto D’Or, no Rio (a instituição parceira na Bahia ainda não foi anunciada).

O monitoramento ocorre semanalmente na primeira quinzena após a imunização. Depois, os voluntários são avaliados ao fim do primeiro mês e, então, depois de 90 dias, seis meses e, por fim, um ano.

O que se avalia sempre é a sorologia, para analisar se há anticorpos. Ter anticorpos após a aplicação da vacina é um bom sinal. O que a gente espera é que haja uma viragem sorológica entre sete e 14 dias depois da imunização. Avaliamos, então, se os anticorpos se mantêm, como eles se comportam. É preciso saber se a vacina protege mesmo, se os anticorpos caem ou sobem, se ficam ativos para evitar a doença”, explica Maria Augusta Bernardini, diretora-executiva da área médica da AstraZeneca Brasil.

O que se espera, ela completa, é que existam casos da Covid-19 entre os voluntários que receberam a vacina contra a meningite e que, entre os que receberam a AZD1222, o número de casos seja menor ou nulo.

Essa primeira análise é feita entre três e quatro meses depois da imunização, ou seja, em outubro será apresentado um relatório intermediário, que, no processo acelerado pela pandemia, servirá de base para o início da produção da vacina.

Existe toda uma análise estatística para saber o quanto a vacina protege, quantos casos se espera de um grupo de voluntários e de outro. Em se atingindo o esperado, fazemos uma análise interina do estudo, para dizer se já está mostrando eficácia ou ainda não. Se o resultado for significativo, em outubro, novembro, a vacina já pode seguir para um registro emergencial”, afirma Bernardini.

Ela lembra que, se no Brasil os voluntários começaram a ser imunizados na última semana de junho, no Reino Unido, cerca de 6 mil pessoas já receberam o produto desde meados de abril e estão sendo monitoradas foram mil pacientes na fase dois e outros cinco mil na fase três, etapas que ocorreram concomitantemente. Todo o processo, ressalta a diretora executiva da AstraZeneca, foi acelerado pela pandemia.

Em geral, entre testes pré-clínicos e clínicos, são necessários dez anos”, afirma Bernardini. “Agora, estamos falando de um processo extremamente acelerado, e isso se deve a alguns fatores. O primeiro fator que permite a aceleração é o fato de a plataforma da vacina já ser conhecida. Oxford já vinha estudando isso, já sabia sobre a inoculação do adenovírus inativado testando proteínas de outros vírus”, diz ela, referindo-se ao uso de um vírus de chimpanzé que é inativado e, ao receber uma sequência genética do coronavírus, gera no organismo uma resposta imune contra ele.

O segundo fator para a aceleração diz respeito à emergência da pandemia. O que fizemos entre abril e julho levaria anos, mas, pela urgência, as fases se achataram e foram sobrepostas.” As informações são do jornal O Globo.

 

 

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https://www.osul.com.br/entenda-como-funciona-a-ultima-etapa-de-testes-em-humanos-da-vacina-contra-o-coronavirus/ Entenda como funciona a última etapa de testes em humanos da vacina contra o coronavírus 2020-07-04
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