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Saúde Cientistas estudam se uma mutação fez com que o coronavírus se espalhasse mais rápido em certos lugares

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O mundo inteiro tenta entender por que a pandemia se espalhou mais rapidamente em alguns países. (Foto: Divulgação)

O mundo inteiro tenta entender por que a pandemia se espalhou mais rapidamente em alguns países. Cientistas que estudam o material genético do novo coronavírus acreditam ter encontrado uma explicação.

Quando a gente olha para os primeiros seis meses de pandemia, observa que na Ásia, onde ela surgiu, os números de casos são muito mais baixos que na Europa e nas Américas, as regiões mais atingidas pelo novo coronavírus.

Desde o início do ano, cientistas e médicos tentam entender: por que a pandemia se alastrou de forma tão agressiva? Pelo menos quatro laboratórios que estudam o código genético do novo coronavírus sugerem que uma mutação genética pode ser uma das principais razões.

Um deles é o Scripps Research, na Califórnia, dirigido por Hyeryun Choe. Ela está convencida que esta mutação deixou o vírus mais contagioso.

A pesquisadora explica que a mutação aconteceu em uma proteína das coroas, que dão nome ao vírus. São elas que permitem que ele se prenda e infecte as células humanas. Hyeryun explica que a primeira versão do vírus, que circula principalmente na Ásia, tem um defeito: as coroas às vezes se quebram, e aí o vírus não consegue infectar a pessoa. Mas uma mutação em único aminoácido que compõe a proteína das coroas fez com que elas ficassem mais resistentes.

Neville Sanjana é cientista no Centro de Genomas da Universidade de Nova York, e chegou à mesma conclusão, com outra pesquisa. Em laboratório, ele infectou células do pulmão, do fígado e do intestino com as duas variações do novo coronavírus. A taxa de contaminação das células expostas à versão que sofreu a mutação foi de duas a oito vezes maior. “Essa diferença de um único aminoácido faz uma diferença enorme na transmissão”, afirmou o geneticista.

As duas formas do vírus seguem circulando pelo mundo. Mas estudos genéticos estimam que a versão com a mutação esteja presente em 70% dos casos. E é essa segunda versão que mais se espalhou pela Europa, Estados Unidos e, tudo indica que também, pelo Brasil.

Isso poderia ajudar a explicar porque mais pessoas foram contagiadas na Itália do que em Wuhan, na China, onde o vírus surgiu. E por que o vírus explodiu quando desembarcou em Nova York, uma cidade com alta densidade populacional e onde a resposta à pandemia com pelo menos um mês de atraso.

Mas Hyeryun deixa claro: o vírus não ficou mais letal, ou seja, não mata mais por causa da mutação.

E os dois pesquisadores concordam: essa mutação é tão pequena que não coloca a perder o trabalho feito até agora para desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus.

Porém Neville avisa: o fato do vírus ter sofrido uma mutação que o aperfeiçoou, pode significar que a vacina contra o coronavírus precise evoluir ao longo do tempo, e nós tenhamos que tomar novas doses de tempos em tempos, assim como já fazemos com a vacina contra a gripe. As informações são Jornal Nacional.

 

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https://www.osul.com.br/cientistas-estudam-se-uma-mutacao-fez-com-que-o-coronavirus-se-espalhasse-mais-rapido-em-certos-lugares/ Cientistas estudam se uma mutação fez com que o coronavírus se espalhasse mais rápido em certos lugares 2020-07-04
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