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Brasil Entenda o caminho da vacina contra o coronavírus. Desde a importação do insumo até a chegada ao Brasil

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Imunização envolve setores da economia que vão de fabricantes de refrigeradores a companhias aéreas. (Foto: Mauro Nascimento / Palácio Piratini)

O desafio de imunizar uma população de 210 milhões de habitantes — ou ao menos uma proporção suficiente para deter o avanço mortal da pandemia do novo coronavírus — é geralmente descrito como uma operação de guerra. Isso porque demanda um planejamento complexo e a mobilização de diferentes fornecedores de insumos, produtos e serviços.

Entenda quais setores econômicos estão envolvidos no caminho da vacina até o brasileiro, da importação de insumos até a escolha de estabelecimentos para servir de pontos de vacinação, passando pela fabricação de imunizantes e itens como frascos e seringas e pela logística.

Produção de insumos

Indústrias químicas e farmacêuticas na Índia e na China produzem doses iniciais e insumos para as vacinas AstraZeneca/Oxford e CoronaVac. O principal insumo é o ingrediente farmacêutico ativo (IFA).

O Brasil só poderá produzir uma vacina 100% nacional a partir do segundo semestre, se já tiver recebido a tecnologia e construído instalações adequadas à produção deste IFA. Atualmente só 5% dos IFAs de vacinas brasileiras são produzidos no país.

Importação de matéria-prima

Insumos são enviados ao Brasil por aviões de carga. Segundo cálculos da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), para suprir a demanda de todo o mundo serão precisos oito mil Boeings e 737 navios cargueiros.

Transporte por terra e ar

As vacinas são descarregadas no Brasil movimentando infraestrutura aeroportuária, alfândegas e transporte aéreo e rodoviário interno.

AstraZeneca/Ofxord: o material importado chega em BioManguinhos, na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. A instituição produz as vacinas na fábrica da Zona Norte do Rio, que foi reformada. Tem planos de inaugurar nova unidade na Zona Oeste até 2024.

CoronaVac: O material importado chega no Instituto Butantan, em São Paulo. Além da unidade atual, a instituição investe numa fábrica nova em São Paulo, que fica pronta em outubro de 2021.

Teste de qualidade

Institutos concluem preparo, envasam e testam qualidade das doses importadas. A Fiocruz fez licitação para a compra de 61,5 milhões de frascos e ampolas para entrega ao longo do ano no valor R$ 33,1 milhões e BioManguinhos já tem estoque de frascos para 30 milhões de doses da vacina. Já o Butantan vai demandar ao menos 9 milhões de frascos e ampolas.

Armazenamento

As doses produzidas são armazenadas sob condições específicas de conservação e resfriamento. As duas vacinas já aprovadas para uso no país precisam ser conservadas em temperaturas que variam entre 2ºC e 8ºC. A vacina da Pfeizer/BioNtech demanda um ultracongelador capaz de manter doses em -70ºC. O custo de um aparelho de refrigeração apropriado para vacinas pode chegar a R$ 120 mil.

A fabricante de equipamentos de refrigeração Indrel, no Paraná, investiu R$ 6 milhões entre 2020 e 2021 para aumentar a capacidade de produção em até 80%. O aumento da importação de refrigeradores hospitalares neste ano pela Lobov, empresa que vende aqui as principais marcas mundiais do setor, foi de 50%.

Central de distribuição

As vacinas dos dois institutos são enviadas para uma central de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP), onde passam por um controle de qualidade. A armazenagem e distribuição é feita pela VTCLog, empresa de logística especializada em fármacos. Aviões e uma frota de caminhões-baú levam as vacinas até as centrais estaduais da Rede de Frio Nacional nos estados em até 5 dias.

Logística até as capitais

As vacinas são distribuídas para as capitais. A etapa aérea será feita de forma gratuita com apoio da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear). Os aviões para levar vacinas devem possuir caixas climatizadas com gelo seco. Assim, as três maiores companhias do país levarão as vacinas em seus voos. A etapa rodoviária para entrega das vacinas nos estados e no Distrito Federal conta com uma frota de cem caminhões especiais, que deverá subir para 150 nos próximos meses.

Plano de distribuição

As vacinas são entregues às prefeituras. Cada estado monta seu plano de distribuição para prefeituras mobilizando veículos adequados.

Local de vacinação

As vacinas chegam ao local de vacinação. Este local deve possuir energia elétrica e/ou gerador, refrigerador central para estoque das vacinas e salas de vacinação.

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