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Brasil Entenda por que o novo procurador-geral da República, Augusto Aras, é criticado pela esquerda e pela direita

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Para o procurador-geral, medida do presidente do Supremo foi "demasiadamente interventiva". (Foto: Reprodução de TV)

Minutos após ser confirmada a indicação do subprocurador Augusto Aras para o posto de procurador-geral da República, o nome escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro passou a ser alvejado por críticas de bolsonaristas nas redes sociais. De perfil discreto e com trânsito em diversas alas do Ministério Público, Aras tem sido criticado à esquerda e à direita por declarações em entrevistas e discursos públicos, desde que começaram a circular informações sobre sua possível escolha para a chefia da PGR.

Parlamentares do PSL o classificaram de “esquerdista” e chegaram a enviar dossiês ao Palácio do Planalto que mostrariam a conexão dele com ideias de esquerda. Nas redes socias, os apoiadores do presidente passaram a compartilhar trechos de entrevistas e declarações públicas de Aras, que demostrariam seu “esquerdismo”.

Para direitistas e bolsonaristas, o novo PGR tem inclinação política à esquerda pelo fato de já ter defendido a ex-presidente Dilma Rousseff. Recentemente, no entanto, Aras expressou opiniões alinhadas às de Bolsonaro. Afirmou, entre outros, ser contra a criminalização da homofobia e teceu críticas à “ideologia de gênero”.

“Eu não posso, como cidadão que conhece a vida, como sexagenário, estudioso, professor, aceitar ideologia de gênero. Não cabe para nós admitir artificialidades. Contra a ideologia de gênero é um dos nossos mais importantes valores, da família e da dignidade da pessoa humana”, afirmou.

Se para a direita, Aras é um esquerdista de primeira hora, para a esquerda a indicação do subprocurador também não agradou. No Twitter, o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, afirmou nesta sexta-feira (06) que Augusto Aras é um conservador sob medida para a PGR de Bolsonaro: “Pela primeira vez desde FHC, presidente ignora lista tríplice. Na campanha para o cargo, Aras falou contra a ideologia de gênero e a criminalização da homofobia”.

A vice-líder do PT na Câmara, Erika Kokay (PT-DF) também criticou a escolha de Aras: “Novo PGR indicado por Bolsonaro, Augusto Aras, declara-se conservador, contra “ideologia de gênero”, criminalização da homofobia e cotas raciais em universidades. Defende excludente de ilicitude para ruralistas que atirarem em mov. sociais. É o medievalismo na Procuradoria-Geral da República (PGR)”.

Em agosto, o então subprocurador rebateu as críticas que estava sofrendo: “Todas as minhas manifestações estão no contexto da Constituição e das leis do país. Reconheço uma doutrina política de Estado, adotada pelo Constituinte de 88, que é a democracia participativa, e neste universo, tudo que for contrário a esta democracia participativa merecerá o meu repúdio, formalmente e informalmente, é assim que eu tenho produzido as minhas ações na minha atividade funcional. Essa é a doutrina. Se é de esquerda ou de direita, do ponto de vista acadêmico, essa é uma discussão superada na ciência política”, afirmou na ocasião.

A repercussão da escolha de Bolsonaro para a PGR fez com que o presidente dedicasse 15 minutos de sua live semanal de quinta-feira (05) para se justificar. O presidente também chegou a pedir “desculpas” e “paciência” para apoiadores que o esperavam na chegada do Palácio.

“Pessoal, desculpa aí. Vamos ter paciência. O Brasil tem muita, mas muita coisa errada. Não vamos ter outra chance a não ser essa que Deus me deu”, disse, em seguida. Bolsonaro explicou que tinha um “universo pequeno” para escolher o novo procurador e rebateu os pedidos para que fosse colocado um integrante da força-tarefa da Lava-Jato, dizendo que não basta apenas o combate à corrupção, mas também posições em outras áreas, como a questão ambiental.

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