Segunda-feira, 19 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 19 de maio de 2025
Uma chapa passou a ganhar força junto ao ex-presidente na disputa contra Lula.
Foto: ReproduçãoSe tivesse que bater o martelo hoje sobre quem apoiaria para disputar a Presidência, Jair Bolsonaro optaria pela ex-primeira-dama Michelle. É essa a leitura da cúpula do Partido Liberal (PL) e de lideranças de partidos do Centrão próximos ao ex-presidente.
Para esse grupo, dois fatores têm peso decisivo para Michelle Bolsonaro passar a ocupar a preferência do marido em relação ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O primeiro é a aproximação com o vereador Carlos Bolsonaro, que passou a fazer elogios públicos à madrasta após a última cirurgia do pai, no mês passado.
O segundo fator é que Bolsonaro e seus filhos veem Tarcísio com desconfiança e avaliam que faltam gestos do governador em direção à família. Há cobranças, inclusive, para que ele haja diretamente junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), para ajudar o ex-presidente a se salvar do processo da tentativa de golpe de Estado. Outra queixa é que Tarcísio não atende aos pedidos do clã Bolsonaro para nomeações e outros pleitos envolvendo o governo paulista.
Diante desse quadro, uma chapa passou a ganhar força junto ao ex-presidente na disputa contra Lula. Ela seria formada por Michelle como candidata à Presidência e o senador Rogério Marinho como vice. Nesse formato, seria uma chapa “puro sangue”, porque ambos são do PL. Uma ala de auxiliares e aliados de Bolsonaro trabalha para fortalecer o nome de Marinho.
Lideranças do Centrão avaliam, porém, que, se Bolsonaro for por esse caminho, terá dificuldades de compor com partidos de centro-direita que podem ter peso decisivo para se chegar a uma eventual vitória. A federação formada por PP e União Brasil, por exemplo, se movimenta para indicar o posto de vice do nome apoiado pelo ex-presidente.
Publicamente, porém, Bolsonaro segue com o discurso de que ele será o candidato, mesmo inelegível.
Pix
O ex-ministro do Turismo e Cultura, Gilson Machado Neto (PL), que atuou durante a gestão de Bolsonaro, publicou em suas redes sociais dois vídeos afirmando que o ex-presidente já havia gastado metade de 17 milhões de reais arrecadados em vaquinha.
“Eu quero dizer que o presidente recebeu na outra campanha 17 milhões de reais, mas já gastou em um ano, 8 milhões, já começou a desidratar, é por isso a nossa preocupação, a gente vai deixar o presidente desidratar?”
Machado alega que o dinheiro doado por apoiadores do ex-presidente tem o objetivo de cobrir compras de passagens, despesas hospitalares e jurídicas, como o pagamento de advogados.
De acordo com o ex-ministro, os gastos também estão direcionados ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que pediu licença da Câmara para morar nos Estados Unidos (EUA) após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre seu passaporte, em março deste ano.
“Aumentou a despesa dele [Bolsonaro], principalmente porque ele está tendo Eduardo Bolsonaro lá nos EUA, que ele está ajudando também, que não é barato morar nos EUA.”
Na apelação, Machado cita a fraude do INSS que repercutiu nos últimos dias e diz: “A nossa índole é pedir, e jamais colocar a mão no dinheiro dos aposentados, no dinheiro brasileiro, como a esquerda fez agora”.
Nos dois vídeos, a chave pix do ex-presidente é divulgada. Com informações da CNN Brasil e O Globo.