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Mundo Envenenado com a filha, ex-espião russo já tinha perdido a esposa e o filho

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Sergei Skripal com a filha Yulia no colo, em 1984, pouco após o nascimento dela. (Foto: Reprodução)

O envenenamento de um ex-agente duplo russo e da filha dele, de 33 anos, chocou o mundo e estremeceu as relações entre a Rússia e o Reino Unido. Mas, na vida pessoal de Sergei Skripal, internado em estado grave com a filha Yulia, de 33 anos, este é mais um episódio – talvez o último – de uma sequência de tragédias. As informações são da BBC.

Em 2012, ele perdeu a esposa, diagnosticada com câncer, e em julho do ano passado deu adeus ao filho, de 43 anos, que teve uma falência “repentina” do fígado.

No domingo passado (4), o ex-espião e Yulia Skripal foram encontrados inconscientes no banco de um parque na cidade britânica de Salisbury, após deixarem um restaurante. Um gás neurotóxico foi usado para atingir os dois, e a polícia ainda investiga a autoria.

O governo britânico já disse que vai retaliar, se comprovar que a Rússia teve participação na tentativa de assassinato.

Vida

Skripal nasceu no enclave soviético de Kaliningrad em junho de 1951. Por ser fisicamente forte e resistente, foi escolhido para se juntar à tropa aérea de elite soviética conhecida como Desantniki.

Em 1979, tropas soviéticas foram deslocadas ao Afeganistão e Skripal foi um dos primeiros a embarcar. Depois, ele se formou na Academia Militar Diplomática de Moscou.

Lá, ele teria chamado a atenção do departamento de inteligência militar russa, iniciando a segunda fase de sua vida, como oficial de inteligência.

A primeira missão que recebeu foi a de obter informações privilegiadas sobre a Europa. Isso deu a ele a oportunidade de viajar para o exterior, sob o disfarce de diplomata. Ele assumiu dois postos na Europa, um nos anos 1980 e outro nos anos 1990.

Foi durante este período que ele teria sido cooptado pela inteligência britânica, dando início à fase seguinte da sua carreira. Skripal teria começado a atuar como agente duplo, revelando aos britânicos, em troca de dinheiro, a identidade de espiões russos que atuavam na Europa.

Prisão

Em 1999 ou 2000 (há divergências sobre a data), ele deixou o serviço de inteligência militar russa. Segundo disseram amigos de Skripal à BBC, ele estaria farto da corrupção no departamento. Acredita-se que o ex-espião tenha começado, em seguida, a trabalhar com Boris Gromov, último comandante das forças soviéticas no Afeganistão. Durante o tempo em que trabalhou para Gromov, Skripal e a família viveram um período de relativa tranquilidade, na Rússia.

O ex-espião se casou com Liudmila quando ainda era jovem. Ela fora sua namorada de adolescência, quando ainda moravam em Kaliningrad. O filho deles Alexander – que era conhecido como Sasha – nasceu em 1974. A filha, Yulia, nasceu dez anos depois, em 1984.

Sasha se casou e começou a trabalhar. Yulia, tida como muito inteligente pela família, decidiu aprender inglês e estudar Geografia numa universidade de Moscou.

Mas em dezembro de 2004, um episódio mudaria a vida da família para sempre. Skripal foi preso, acusado de atuar como espião para o Reino Unido. Ele foi condenado a passar 13 anos de prisão, após um rápido trâmite processual, num julgamento acompanhado de perto pela mídia. Seguiu para um campo de trabalho forçado em Mordovia – mesmo local onde uma integrante da banda Pussy Riot foi presa em 2011.

De repente, em julho de 2010, o ex-agente russo foi liberado, em uma troca de espiões entre a Rússia e o Reino Unido. Ele se reencontrou com a esposa, Liudmila, e os dois decidiram se mudar para Salisbury no Sudeste da Inglaterra – mesma cidade onde seria encontrado envenenado, junto com a filha, em 2018.

Primeiro, eles moraram num apartamento. Depois, se mudaram para uma casa – a mesma residência que atualmente está interditada e é vista como possível fonte de evidências na investigação da polícia britânica.

 

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