Sábado, 31 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 29 de dezembro de 2022
O treinador Carlo Ancelotti é um dos nomes cotados para a assumir o comando da Seleção Brasileira, posto deixado por Tite após a eliminação para a Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar. No entanto, o técnico do Real Madrid, em coletiva de imprensa antes do jogo contra o Real Valladolid, afirmou que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) não chegou a procurá-lo.
“Não sei, nunca fui abordado por eles e a Federação do Brasil nunca me ligou. Só quero ficar no Real Madrid. Nunca pedirei ao Real que me deixe sair deste clube”, disse o treinador ao ser questionado sobre o comando do Brasil.
O técnico de 63 anos tem contrato até junho de 2024 com o Real Madrid e não fechou as portas para o Brasil. A entidade considera outros nomes de estrangeiros, entre eles Jorge Jesus e Abel Ferreira, mas nenhum deles é unanimidade. Brasileiros como Fernando Diniz, Dorival Jr e Mano Menezes estão na mesma situação.
O treinador também foi questionado sobre a janela de transferência de janeiro do Real Madrid e apontou que o clube não irá se movimentar no mercado, já que não precisa de contratações por agora. Ancelotti, claro, comentou sobre o acerto com Endrick, atacante de 16 anos do Palmeiras, que só vai se juntar ao time espanhol em junho de 2024.
“Eu o conheci no ano passado, conversamos um pouco, ele chega em 2024. Estamos muito felizes por tê-lo contratado. Ele é um grande talento”, relatou o treinador.
Crítica de Renato
Na 18ª edição do Jogo das Estrelas, na quarta-feira no Maracanã, o atual comandante do Grêmio, Renato Portaluppi, criticou os rumores e comentários que têm rondado o meio do futebol brasileiro sobre a CBF contratar um técnico estrangeiro para assumir o lugar de Tite – que já anunciou sua saída da equipe do Brasil, após a queda na Copa do Catar.
“Quem tem mais títulos mundiais? É o Brasil, né. Então, fica muito fácil algumas pessoas da imprensa falarem que tem que vir treinadores estrangeiros. Os nossos não são bons? Temos grandes treinadores aqui no Brasil. A gente costuma falar com todo respeito, tem grandes treinadores lá fora também, mas é muito fácil você ter um time de R$ 1 bilhão. Põe um treinador brasileiro para treinar um time de R$ 1 bilhão lá fora, vamos ver. O problema é que quando vem lá de fora, não precisa de carteirinha, vem trabalhar e está tudo certo. O brasileiro não consegue ir lá para fora trabalhar. O Brasil é uma mãe mesmo”, afirmou o treinador do Grêmio na zona mista do estádio.
Após a derrota do Brasil para a Croácia na Copa do Mundo, Tite relembrou que deixará o comando da Seleção Brasileira e levantou novamente uma discussão que estava adormecida: sobre a possibilidade de um treinador estrangeiro à frente da equipe da CBF. Até o momento, o presidente da instituição, Ednaldo Rodrigues, não comentou o assunto e indica que a resposta só virá a partir do ano que vem. As informações são do jornal O Globo.