Quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de setembro de 2020
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul promove nesta segunda-feira (28), às 19h, um webinar alusivo ao Dia Mundial Contra a Raiva. O evento é uma iniciativa do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), ligado ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária, e seu Programa de Pós-Graduação (PPG) em Saúde Animal. O evento será transmitido no canal do programa no Youtube (PPGSA – IPVDF).
“A raiva é uma importante zoonose, que causa perda nos animais de produção, principalmente bovinos e equinos. Por isso, é importante que os veterinários e produtores saibam como proceder. Por sua vez, a população precisa ser alertada que a vacinação dos animais de estimação é segura e recomendada. Esta atividade visa chamar atenção sobre uma doença que é fatal, mas 100% evitável”, destaca a pesquisadora Laura Lopes de Almeida, uma das organizadoras do evento.
Serão três blocos de perguntas e respostas aos convidados, sobre os temas: proximidade entre humanos e animais silvestres; suspeitas de raiva em animais; e orientações do Programa de Controle da Raiva Herbívora, da Secretaria da Agricultura. Os palestrantes serão o professor David Driemeier, da Faculdade de Veterinária da Ufrgs (Universidade Federal do Rio Grande do Sul); o analista ambiental Paulo Wagner, da Superintendência do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no RS; e o analista ambiental André Witt, da Secretaria da Agricultura do RS.
Controle da raiva
No Brasil, a raiva é mais conhecida por quem tem animal de estimação, por conta da vacinação. Esta medida é fundamental para o controle da doença no país.
Atualmente, a segurança e a eficácia das vacinas para pessoas e animais são uma das estratégias mais importantes para o controle da raiva. Por isso, animais domésticos devem ser vacinados anualmente contra a doença. Também é importante evitar aproximação de cães e gatos sem donos, não mexer ou tocar neles, sobretudo quando eles estiverem se alimentando ou dormindo. Além disso, nunca toque em morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.
Contudo, se você for agredido por um animal, lave o ferimento abundantemente com água e sabão e passe um antisséptico. Mas isso não é o suficiente. É fundamental procurar assistência médica e informar detalhes do acidente ao profissional de saúde, se o animal tem dono, o local do acidente, entre outros.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza vacina e soro antirrábico, que serão prescritos pelo médico ou enfermeiro de acordo com cada caso. Esse tratamento deve ser seguido até o fim. O animal deve ficar em observação por 10 dias, se possível, para identificação manifestação de raiva ou morte.
O período entre o acidente com o animal e o aparecimento dos sintomas é extremamente variável. Pode ser de alguns dias a até anos, com uma média de 45 dias, no homem, e de 10 dias a 2 meses, no cão. Em crianças, existe tendência para um período de incubação menor que no adulto.
Os sintomas são parecidos com os da gripe, incluindo fraqueza geral, desconforto, febre ou dor de cabeça. Mas à medida que a doença avança, ocorrem alucinações, espasmos musculares involuntários e paralisia leve ou parcial, que pode levar à pessoa a morte. As informações são da Secretaria da Agricultura do RS e do Ministério da Saúde.