Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de setembro de 2017
O governo do Estado divulgou nota nesta quarta-feira (6) informando o crédito de R$ 170,00 para os servidores vinculados ao Poder Executivo, que estarão disponíveis nas contas no início da noite, além da programação de um novo crédito de R$ 280,00 para próxima sexta-feira (8), que poderão ser sacados logo na parte da manhã.
Segundo o executivo, para viabilizar o pagamento das duas faixas, a Secretaria da Fazenda precisou dispor em caixa de R$ 151,5 milhões. Até o momento foram pagos R$ 800,00 líquidos, por matrícula. Segue a previsão de quitação da folha de agosto até o dia 13 deste mês.
A folha líquida de ativos, inativos e pensionistas, informa o Piratini, fechou em R$ 1,143 bilhão (sem considerar as consignações e tributos). Ainda na última quinta-feira (31), com apenas R$ 221 milhões disponíveis no caixa do estado, a Fazenda depositou R$ 350,00 para cada matrícula, além da nona parcela do 13º salário de 2016, que representa isoladamente R$ 102 milhões. Para os novos depósitos, a disponibilidade de caixa foi de R$ 235,2 milhões.
Já os vencimentos dos servidores vinculados às fundações foram pagos integralmente na segunda-feira (4), segundo dia útil do mês. A folha dos 5.200 celetistas representam R$ 25 milhões.
Segundo o governo o último mês registrou uma receita líquida de R$ 2,314 bilhões. Desse dinheiro o Estado pagou as contas do período, entre elas:
– Salários atrasados de julho: R$ 952 milhões
– Consignações da folha de julho: R$ 200 milhões
– Sequestros de RPVs e Medicamentos: R$ R$ 46,45 milhões
– RPVs e Precatórios: R$ 131 milhões
– Juros Depósitos Judiciais: R$ 80 milhões
– Dívida Externa: R$ 38 milhões
– Duodécimos demais Poderes: R$ 340 milhões
– Repasses para a Saúde: R$ 265,7 milhões
– Custeio Educação/Segurança: R$ 45 milhões
– 9ª parcela do 13º salário de 2016: R$ 102 milhões
Lamento
Antes de embarcar em missão à Alemanha, nesta terça-feira (5), o governador José Ivo Sartori fez uma manifestação a propósito da greve dos professores anunciada pelo Cpers Sindicato. Ao declarar seu descontentamento pela forma como alguns setores da sociedade têm agido em relação à crise, reforçou que o parcelamento de salários não é fruto da vontade política ou do governo e agradeceu aos servidores, que, mesmo diante das dificuldades do parcelamento, com parcelas cada vez menores, seguem trabalhando.
Em nota, o governador afirmou que “a crise não pode nos paralisar”.
“Estou partindo hoje para a Alemanha, em mais uma missão internacional do Rio Grande do Sul. A crise não pode nos paralisar. Precisamos construir a travessia para um tempo de crescimento, o que depende da modernização do Estado e do estímulo ao desenvolvimento”, diz Sartori na nota.
Sartori lamentou a greve dos professores anunciada pelo Cpers e afirmou que a situação chegou ao patamar atual devido a “erros históricos”.
“Soube hoje que o Cpers convocou nova greve. Embora compreenda os motivos, lamento muito essa decisão. Ela não ajuda em nada a resolver o problema. Pelo contrário, só agrava a situação dos alunos e de suas famílias, especialmente dos mais humildes. O parcelamento de salários constrange a todos nós, mas não é fruto de vontade política deste governador ou do nosso governo. Agradeço à imensa maioria dos servidores públicos que, mesmo diante de todas essas dificuldades, segue atendendo à população. Permaneçam, resistam, sigam em frente – e vamos juntos construir uma condição de sustentabilidade para todos”, escreveu o governador, que acrescentou não ter “fórmula mágica” e que as coisas não irão se resolver “de uma hora para outra”.
“Chegamos a essa situação em virtude de muitos erros históricos, que agora estamos procurando corrigir. O Estado foi se voltando para dentro, criando gastos maiores do que a sociedade tem condições de pagar. Não existe fórmula mágica, e essa situação não se resolve de uma hora para outra.”