Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 26 de junho de 2020
Dos 301 municípios abrangidos pela bandeira vermelha, 186 poderão adotar protocolos de classificação laranja.
Foto: Governo do Estado/DivulgaçãoDivulgada nesta sexta-feira (26), a oitava rodada do sistema de distanciamento controlado ampliou de quatro para nove o número de regiões do Rio Grande do Sul sob bandeira vermelha, cujo status de “alto risco de contágio por coronavírus” impõe restrições mais rígidas às atividades. O novo mapa coloca nessa condição as áreas de Caxias do Sul, Erechim, Palmeira das Missões, Passo Fundo e Santo Ângelo.
Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo e Capão da Canoa, por sua vez, já estavam com em vermelho, em uma escala que ainda abrange as cores amarela (baixo risco), laranja (médio) e preta (altíssima). A configuração é provisória, podendo ser mantida ou modificada conforme a argumentação enviada pelas autoridades locais, por meio de recursos.
O prazo para o envio termina às 8h deste domingo (28) e, até a tarde da segunda-feira, o Gabinete de Crise do governo do Estado analisará as informações enviadas para fazer uma eventual atualização do mapa, cuja definição final será divulgada na segunda à tarde. As bandeiras definitivas passam a valer, portanto, a partir da terça-feira (30).
Alterações
Somente as regiões de Taquara e Bagé se encontram sob bandeira amarela. As de Santa Maria, Uruguaiana, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Pelotas, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado estão em bandeira laranja. Já a área de Santa Rosa, que se encontrava em bandeira amarela, passou para laranja.
As regiões de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo e Capão da Canoa permanecem em vermelho pela segunda semana consecutiva. A região de Caxias do Sul, que esteve sob bandeira vermelha na semana retrasada e em laranja na semana que se encerra, retornou à bandeira vermelha.
Assim, as cinco regiões devem seguir a regra que diz que, se fossem classificadas na bandeira final vermelha por dois períodos consecutivos ou alternados dentro do prazo de 21 dias, só poderão ser reclassificadas para bandeira menos restritiva depois de preencherem os requisitos por, pelo menos, dois períodos consecutivos de mensuração.
O decreto estadual 55.322 permite que municípios sob bandeira vermelha sem registro de hospitalização e óbito por Covid-19 de algum morador nos últimos 14 dias e que mantenham rigorosamente atualizados os registros nos sistemas oficiais poderão adotar, por meio de regulamento próprio, protocolos para as atividades previstas na bandeira laranja.
Situação geral
O número de novos registros de hospitalizações por Covid-19, nos últimos sete dias, comparado com a semana anterior, apresentou aumento de 20%, passando de 512 para 613. O mesmo se observa com o número de internados em leitos clínicos para Covid-19, que passou de 365 para 478 – crescimento de 31%.
A quantidade de internados em UTI por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) passou de 366 para 459. O agravamento também é observado no número de casos ativos na última semana, que alcançou 3.340. Por fim, com relação ao número de leitos de UTI livres no último dia, o quantitativo reduziu de 587 para 264.
Um dos principais fatores que levaram a consolidação das bandeiras vermelhas e laranja é o agravamento do indicador de capacidade de atendimento (número de leitos de UTI livres para cada leito ocupado por pacientes de Covid-19), mensurada no Estado como um todo. Até a rodada anterior, o indicador recebia a bandeira laranja, mas na rodada atual atingiu bandeira vermelha.
Esse indicador permite acompanhar a capacidade de resposta da rede hospitalar para atender a população que necessita de atendimento neste nível de atenção. No entanto, é um indicador que também está diretamente relacionado ao avanço da doença no Estado, uma vez que, quanto maior o número de casos ativos, maior o número de pacientes que necessitarão de atendimento hospitalar e maior o risco de pressão no sistema de saúde.
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