Quinta-feira, 06 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de novembro de 2015
A dificuldade dos serviços de contrainteligência para monitorar a comunicação on-line de terroristas se tornou, mais uma vez, motivo de discussão entre especialistas após os ataques em Paris, na França, na última sexta-feira. Entre os instrumentos usados para escapar à vigilância, os videogames têm ganhado destaque.
Três dias antes das ações do EI (Estado Islâmico), o ministro do Interior belga, Jan Jambon, havia alertado para o uso do PlayStation 4 pela facção como canal de comunicação. “A pior comunicação [para se monitorar] entre esses terroristas é via PlayStation 4”, disse Jambon. “É muito, muito difícil para nossos serviços [de espionagem] – não apenas os belgas, mas serviços internacionais – para decodificar a comunicação que é feita via PlayStation 4.”
A Bélgica é o país de origem de parte dos terroristas envolvidos nos ataques na capital francesa. Não está claro, porém, quais foram os meios de comunicação utilizados para planejar e coordenar suas ações. A França confirmou, após os atentados, que o EI era o responsável e que havia planejado os ataques fora do país.
Criptografia
Especialistas em comunicação digital afirmam que redes de videogames, como o PlayStation 4, usam códigos de criptografia muito diferentes dos usados na web e em aplicativos de celular. Isso dificulta o monitoramento de agências governamentais.