Quinta-feira, 08 de maio de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Estados Unidos enviam embaixadora ao Brasil, após desacordo sobre guerra na Ucrânia

Compartilhe esta notícia:

Embaixadora se reuniu com a primeira-dama Janja. (Foto: Reprodução Twitter)

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, viajou ao Brasil nesta segunda-feira para estreitar as relações com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seus encontros com autoridades do governo brasileiro, Thomas-Greenfield vai enfatizar a necessidade de cooperação entre os dois países, em vez de se concentrar nas recente declarações polêmicas do presidente brasileiro. Recentemente, Lula culpou Washington por “incentivar” a guerra na Ucrânia.

Já nesta terça-Feira (2), ela se reuniu com a primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, para tratar de temas como a promoção da igualdade de raça e gênero, e segurança alimentar. A embaixadora também terá uma série de encontros com membros do governo brasileiro. Entre eles, está o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Além disso, estão previstos encontros com Organizações Não-Governamentais e da sociedade civil.

O foco da visita são os desafios e prioridades compartilhados, incluindo a promoção da democracia e cooperação multilateral, combate às mudanças climáticas, segurança alimentar, cooperação contínua em migração regional e garantia de equidade para comunidades raciais, étnicas e indígenas marginalizadas.

Relação com os EUA

Após Lula assumir a Presidência em janeiro, paralelos inevitáveis com seu contraparte americano, Joe Biden, foram traçados: ambos são políticos veteranos que derrotaram populistas de direita que culparam as urnas eletrônicas por suas derrotas e cujos apoiadores furiosos recorreram à violência. Os dois presidentes também priorizam a questão climática.

Lula se encontrou com Biden na Casa Branca em fevereiro, mas ganhou as manchetes internacionais no mês passado durante uma viagem à China ao acusar os Estados Unidos, que enviaram bilhões de dólares em armas para a Ucrânia, de “incentivar a guerra”.

Lula posteriormente esclareceu que condena a invasão russa, mas a Casa Branca o acusou de “espalhar propaganda russa e chinesa”, o que lhe rendeu elogios do chanceler russo, Sergei Lavrov, que recentemente visitou Brasília.

Uma autoridade americana afirmou que a posição dos americanos é de que um grupo de países que inclui o Brasil pode ter um papel positivo na tentativa de acabar com a guerra, mas é preciso garantir que a paz seja justa e duradoura e que os princípios de soberania e integridade territorial sejam respeitados.

Os EUA também pedem ao Brasil que extradite o suposto espião russo Sergei Cherkasov, que supostamente se fez passar por um estudante brasileiro em Washington e coletou informações sobre a Ucrânia.

Operador habilidoso

O Brasil votou na Assembleia Geral da ONU a favor da condenação da invasão russa à Ucrânia, ao contrário de outros países em desenvolvimento, como Índia ou África do Sul, que preferem permanecer neutros.

Mas Brasília rejeitou os apelos para impor sanções à Rússia ou vender armas à Ucrânia.

Atualmente membro do Conselho de Segurança, o papel do Brasil estará sob escrutínio este ano, quando substituir a Índia como presidente do Grupo das 20 maiores economias.

Embora trabalhe com os EUA, Lula nunca teve problemas em discordar publicamente de Washington e fazer com que o Brasil assumisse um papel diplomático de maior destaque.

Em seus últimos anos do segundo mandato (2006-2010), ele desafiou Washington ao tentar encontrar uma solução negociada para o programa nuclear iraniano.

Um estudo divulgado nesta segunda-feira sobre “Estados indecisos” que podem ajudar a esculpir a cada vez mais definida ordem mundial EUA-China diz que o Brasil tem “ativos substanciais” para exercer uma força influenciadora.

O Brasil é o maior exportador de produtos agrícolas do mundo, tem tecnologia avançada e um corpo diplomático sofisticado, segundo o estudo da Fundação German Marshall.

O Brasil quer jogar pelo seguro e “rejeita que sua escolha de parceiros deva ser mutuamente exclusiva”, embora geralmente apoie a “ordem mundial baseada em regras” promovida pelos EUA, disse William McIlhenny, ex-legislador americano, no relatório.

“O Brasil se vê como um operador habilidoso que defende seus interesses evitando tomar partido”, acrescentou.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

China agora restringe acesso de estrangeiros a dados econômicos do país
97 milhões de brasileiros já podem tomar a vacina bivalente contra a covid
https://www.osul.com.br/estados-unidos-enviam-embaixadora-do-pais-na-onu-ao-brasil-apos-desacordo-sobre-guerra-na-ucrania/ Estados Unidos enviam embaixadora ao Brasil, após desacordo sobre guerra na Ucrânia 2023-05-02
Deixe seu comentário
Pode te interessar