Segunda-feira, 21 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 10 de fevereiro de 2022
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse nesta quinta-feira (10) que os próximos dias serão decisivos na solução da crise envolvendo as fronteiras entre Rússia e Ucrânia. Segundo ele “estamos em um dos momentos mais perigosos da crise”.
A declaração foi concedida durante uma visita do premiê à sede da Otan. Johnson acredita que uma decisão ainda não tenha sido tomada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, quanto à invasão do território ucraniano.
“Esse é, provavelmente, o momento mais perigoso. Eu gostaria de dizer que temos que acertar agora. Esta é uma das maiores crises de segurança que a Europa já enfrentou em décadas”,, diz o primeiro-ministro.
Na mesma declaração, Johnson reiterou que o Reino Unido e a OTAN não irão intervir militarmente em um possível ataque à Ucrânia, mas garantiu que Moscou enfrentaria sanções econômicas.
Além de Johnson, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, demonstrou preocupação sobre o caso.
“Este é um momento perigoso para a segurança europeia. O número de forças russas está aumentando. O tempo de alerta para um possível ataque está diminuindo”, disse ele.
“Conversa de surdo e mudo”
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou ainda nesta quinta-feira que suas conversas com Liz Truss foram iguais “conversa de surdo e mudo”. O chanceler russo ainda chamou a diplomata de despreparada na presença dela.
“Estou honestamente desapontado que o que temos é uma conversa entre um mudo e um surdo… Nossas explicações mais detalhadas caíram em terreno despreparado”, disse Lavrov em entrevista coletiva concedida ao lado da britânica.
O chanceler russo ainda disse que as conversas entre os dois países estão mais congeladas que os solos russos no período de inverno.
“Eles dizem que a Rússia está esperando até que o solo congele como uma pedra para que seus tanques possam cruzar facilmente o território ucraniano. Acho que o terreno estava assim hoje com nossos colegas britânicos.”, declarou Lavrov.
Truss é encarregada do mesmo cargo no governo britânico e desmentiu declarações recentes do governo russo que diziam ser apenas um exercício militar dentro dos seus limites territoriais.
Em resposta às declarações do diplomata russo, Liz Truss questionou diretamente a afirmação de que a Rússia não está ameaçando ninguém com o acúmulo de tropas e armamentos perto das fronteiras com a Ucrânia.
“Não vejo outra razão para ter 100.000 soldados estacionados na fronteira além de ameaçar a Ucrânia. E se a Rússia leva a diplomacia a sério, eles precisam remover essas tropas e desistir das ameaças”, disse ela. As informações são do portal de notícias G1 e da agência de notícias AFP.