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Mundo Cocaína “envenenada” que causou mortes na Argentina tinha anestésico para elefantes

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Entre os dias 2 e 4 de fevereiro, 24 pessoas morreram e mais de 200 precisaram de atendimento hospitalar após o consumo da cocaína. (Foto: Secretaria de Saúde de Buenos Aires)

Os testes químicos da cocaína contaminada que matou 24 pessoas na Argentina detectaram a presença de carfentanil, um opioide usado como anestesia para elefantes e rinocerontes, segundo o jornal argentino Clarín. A substância confirmada por duas análises paralelas é mais poderosa que o fentanil, até então considerada a mistura mais provável na combinação letal.

Segundo o jornal Clarín, o carfentanil foi detectado tanto pelos especialistas do laboratório da Procuradoria-geral de Munro, com a ajuda de especialistas da Universidade de Buenos Aires e de Morón, quanto pelo laboratório da Polícia Científica de Buenos Aires.

“O resultado de dois estudos independentes chega à conclusão de que a substância utilizada para aumentar o cloridrato de cocaína, encontrada em várias amostras apreendidas no contexto dessas ações, é o carfentanil, um opioide extremamente forte cujos efeitos são 10 mil vezes mais fortes, ou mais forte que a heroína ou o fentanil”, afirma o Clarín.

A substância é extremamente poderosa, praticamente desconhecida na Argentina e com poucos precedentes em todo o mundo, como afirma o Clarín.

O jornal lembra que em 2002, o carfentanil foi uma das substâncias utilizadas no aerossol lançado em um teatro na Rússia durante uma tomada de reféns. Dos 800 reféns, 127 morreram e 650 precisaram ser internados, todos com sintomas compatíveis com intoxicação por opioides.

Entre os dias 2 e 4 de fevereiro, 24 pessoas morreram e mais de 200 precisaram de atendimento hospitalar após o consumo da cocaína. Entre as vítimas, 12 morreram em suas casas, 2 em vias públicas e os demais em hospitais.

Ao menos 10 pessoas foram presas em uma casa que a polícia disse que funcionava um ponto de venda de drogas na cidade de Tres de Febrero, a 40 quilômetros da capital. Para os investigadores, a cocaína foi adulterada e distribuída no local.

Desde a década de 1970, a Argentina faz parte das rotas internacionais do narcotráfico e é um local de consumo, embora não de produção, de drogas ilícitas, segundo relatórios do governo. O Clarín questiona como um opioide raro e poderoso como o carfentanil foi parar nas mãos de um traficante no humilde bairro de Puerta 8, na Grande Buenos Aires. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da agência de notícias AFP.

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