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Saúde Estudo anglo-americano sugere que variante atual do coronavírus possa ser até seis vezes mais infecciosa do que a inicial

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Nova cepa do Sars-cov-2 se propaga mais rápido que original.

Foto: NIAID/Divulgação
Nas últimas 24 horas, foram registrados 1.214 óbitos, totalizando 70.398. (Foto: NIAID/Divulgação)

A variante da moléstia respiratória coronavírus atualmente dominante nos casos globais é três a seis vezes mais infecciosa do que a cepa original da doença, constatou um estudo recente publicado pela revista científica Cell.

Pesquisadores do Laboratório Nacional Los Alamos, em Novo México, e da Universidade Duke, de Carolina do Norte, em colaboração com o consórcio de pesquisa Covid-19 Genomics UK (COG-UK), deduziram que a atual cepa do Sars-cov-2, a D614G, apresenta uma pequena, porém significativa mudança na proteína que se projeta para fora da superfície do vírus, com a qual ele invade e infecta células humanas.

Os resultados iniciais da pesquisa, publicados em abril, foram criticados por não provar que a própria mutação causasse essa dominância, e outros fatores ou o acaso poderiam ser responsáveis. A equipe realizou experimentos adicionais, analisando os dados de 999 pacientes britânicos hospitalizados com covid-19, e constatou que quem contraíra a cepa mais nova apresentava mais partículas virais, mas sem que isso afetasse a severidade da moléstia.

O especialista americano em doenças infecciosas Anthony Fauci comentou no Journal of the American Medical Association sobre a pesquisa de laboratório (da qual não participou): “Acho que os dados mostram que uma mutação isolada faz o vírus replicar-se melhor, e talvez ter grandes cargas virais.” No entanto “não temos uma pista de se um indivíduo sofre mais com isso ou não”: apenas parece que a nova cepa do Sars-cov-2 seria mais transmissível.

Entretanto, essa hipótese ainda precisa ser confirmada: na atual fase, as conclusões só podem ser consideradas “prováveis”, já que experimentos dessa ordem não reproduzem com precisão a dinâmica da pandemia. Embora a variante atualmente em circulação possa ser mais “infecciosa”, é possível que seja menos “transmissível” de pessoa para pessoa.

Num comentário, o virologista Nathan Grubaugh, da Escola de Saúde Pública de Yale, igualmente não envolvido na pesquisa, diz não acreditar que os resultados vão ter grande impacto para o público em geral. “Embora ainda sejam necessários estudos importantes para determinar se isso influenciará o desenvolvimento de medicamentos ou vacinas de modo significativo, não contamos que o D614G altere nossas medidas de controle ou piore os contágios individuais.”

Segundo Grubaugh, trata-se, antes, de “uma olhada ao vivo na ciência em ação: uma descoberta interessante foi feita, potencialmente afetando milhões de pessoas, mas ainda não conhecemos sua dimensão nem impacto totais”.

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